Comandante da Marinha desconhece plano golpista em depoimento

O almirante Marcos Olsen, atual comandante da Marinha, prestou depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (23/5) e afirmou que nunca teve conhecimento de qualquer plano para realizar um golpe de Estado em 2022. Durante a audiência, ele declarou que não houve, em nenhum momento, ordens ou movimentações de blindados com a intenção de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo informações do portal CNN Brasil, ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Olsen afirmou: Desconheço totalmente qualquer reunião com essa finalidade. Nunca tive ciência dessas conversas, tomei conhecimento apenas por meio da imprensa.

comandante da marinha desconhece plano golpista em depoimentoAlmirante Marcos Olsen é o atual Comandante da Marinha (Reprodução: YouTube/Marinha do Brasil)

Depoimento e contexto

O almirante compareceu ao STF como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, que é um dos réus na ação penal que investiga a tentativa de ruptura institucional ao final do governo Bolsonaro. Garnier está sendo acusado de colocar a força à disposição do então presidente Jair Bolsonaro para uma possível decretação de estado de sítio ou operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Antes de assumir o comando da Marinha, Olsen ocupava o cargo de comandante de Operações Navais, diretamente subordinado a Garnier. Durante a sessão, também prestaram depoimento o senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente, e o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo. A audiência foi marcada por momentos tensos, especialmente quando o ministro Alexandre de Moraes ameaçou prender Rebelo por desacato, após este afirmar que não admitia censura.

Hamilton Mourão, por sua vez, negou qualquer envolvimento ou conhecimento de tentativas de golpe, responsabilizando o governo Lula pelos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Os depoimentos estão inseridos na fase de instrução do processo que investiga o chamado Núcleo 1, grupo apontado como o cerne da articulação golpista. Além de Garnier, os réus incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além de Mauro Cid, Alexandre Ramagem e Anderson Torres. Todos tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em março.

As audiências de testemunhas devem ocorrer até o dia 2 de junho, após o que os réus serão convocados para interrogatório, ainda sem data definida.

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