Collor: Do Caçador de Marajás ao Condenado pelo STF
Fernando Collor, o primeiro presidente eleito após a ditadura militar, foi preso aos 75 anos devido a uma condenação do Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Sua trajetória política é marcada por promessas de combate à corrupção e reformas econômicas, mas também por escândalos e crises que culminaram em sua renúncia em 1992.
Em 1990, Collor, então com 40 anos, assumiu a presidência como o caçador de marajás, prometendo enxugar o Estado e devolver o controle econômico ao povo. No entanto, mais de três décadas depois, ele se viu diante de uma ordem de prisão que evidenciou as contradições de sua carreira política.

Ascensão Política
Nascido em uma família influente na política alagoana, Collor iniciou sua carreira como prefeito de Maceió, seguido por mandatos como deputado federal e governador de Alagoas. Ele ganhou notoriedade nacional ao criticar os altos salários no funcionalismo público, angariando apoio popular em um período de crise econômica. Essa popularidade o levou a derrotar Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 1989.
Plano Collor e Crises Econômicas
Logo no início de seu governo, Collor implementou o Plano Collor, que incluía medidas drásticas para conter a hiperinflação, como o confisco de poupanças e contas correntes. Embora buscasse estabilizar a economia, a medida gerou desconfiança e descontentamento entre a população, resultando na queda de apoio ao seu governo.
Impeachment e Retorno à Política
Em 1992, a situação política de Collor se deteriorou após denúncias de corrupção, incluindo acusações de seu próprio irmão, Pedro Collor. A mobilização popular, liderada pelos caras-pintadas, pressionou por seu impeachment. Antes de ser submetido ao processo, Collor renunciou, mas teve seus direitos políticos cassados por oito anos.
Nova Trajetória
Após um período fora da vida pública, Collor tentou retomar sua carreira política em 2002, sem sucesso. Contudo, em 2006, foi eleito senador por Alagoas e cumpriu dois mandatos. Durante esse tempo, enfrentou novas investigações relacionadas a esquemas de corrupção, especialmente durante a Operação Lava Jato.
Condenação e Prisão
Em 2023, o Supremo Tribunal Federal condenou Collor a oito anos e dez meses de prisão. Ele foi acusado de favorecer empresas em contratos com a BR Distribuidora em troca de vantagens. Na madrugada de 25 de abril, foi preso em Maceió, pouco antes de se apresentar à Polícia Federal, após a rejeição de seus últimos recursos.
Fique Ligado!
Para acompanhar mais sobre o universo político e as atualizações sobre figuras públicas, siga @canaldosfamosos no Instagram. Esteja sempre informado sobre os desdobramentos e notícias que impactam o cenário nacional!