Caso Hytalo Santos: Passo a Passo da Investigação
O influenciador digital Hytalo Santos, natural da Paraíba, está sob a mira de uma investigação conduzida pelo Ministério Público do Trabalho da 13ª Região. A denúncia, que surgiu a partir de alegações de exploração de trabalho infantil, se expandiu para incluir diversas irregularidades trabalhistas e até possíveis crimes penais relacionados a Hytalo e suas empresas. A seguir, explicamos detalhadamente como se desenrola essa apuração.

Início da investigação e colaboração entre órgãos
A investigação formal começou no dia 10 de fevereiro de 2025, com a assinatura da Portaria de Instauração de Inquérito Civil, resultante de uma Notícia de Fato. Desde então, o MPT tem se empenhado em reunir provas e aprofundar as diligências. Em 14 de maio, um ofício foi enviado ao Ministério Público de Bayeux, solicitando apoio institucional para o avanço do caso.
Inclusão de investigados e reforço das suspeitas
No dia 15 de maio, o MPT protocolou a inclusão de Hytalo Santos como investigado, além de outros indivíduos vinculados a ele, como seu marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro. Essa ação visava ampliar o escopo das investigações, contemplando não apenas as empresas, mas também as pessoas diretamente envolvidas nas atividades suspeitas.
Na mesma data, foi anexada uma certidão positiva da Justiça do Trabalho, evidenciando ações trabalhistas em curso contra Hytalo e suas empresas. Esse documento fortaleceu as evidências já levantadas pelo MPT, fundamentando a continuidade da ação.
Convocações e retificação de nomes
Em 16 de maio, foram expedidas as primeiras notificações formais, convocando Hytalo e representantes de suas empresas para prestar esclarecimentos. Esse passo marcou o início do processo de contraditório e ampla defesa. Dias depois, em 22 de maio, a lista de investigados foi atualizada para incluir ou corrigir nomes que deveriam ser formalmente alvos da investigação.
Adolescente da Turma falta à audiência
No dia 24 de maio, um evento relevante ocorreu: uma adolescente, Kamila, integrante da chamada Turma do Hytalo, não compareceu a uma audiência marcada. Essa ausência foi documentada e é considerada um obstáculo para a elucidação das denúncias, visto que o depoimento da menor era crucial, uma vez que crianças e adolescentes frequentemente aparecem nos conteúdos do influenciador, muitas vezes sem autorização formal.
Urgência no acesso a provas e audiência marcada
Diante das dificuldades em acessar provas, o MPT protocolou, em 28 de maio, um novo pedido para obtenção de documentos ainda não disponíveis. No mesmo dia, foi solicitado que o processo tramitasse com urgência, devido ao risco de desaparecimento ou adulteração das provas, especialmente após indícios de que Hytalo estaria apagando conteúdos antigos e restringindo comentários em suas redes sociais.
No dia seguinte, 29 de maio, o órgão reiterou o pedido de acesso aos documentos pendentes e agendou uma nova audiência para 2 de junho, com o intuito de coletar mais depoimentos e analisar provas adicionais que possam esclarecer os fatos.
Estratégia do MPT: responsabilização ampla e rigor na apuração
A estratégia do MPT é responsabilizar não apenas Hytalo Santos, mas toda a estrutura legal e operacional que possibilita sua atuação digital. O foco da investigação é claro: combater práticas que atentem contra a dignidade de crianças e adolescentes, garantir o cumprimento das leis trabalhistas e agir com rigor diante de possíveis crimes relacionados.
Promotor mantém silêncio sobre o caso
Em contato com o portal, o promotor Flávio Henrique Freitas Evangelista Gondim, responsável pelo inquérito, afirmou que não pode comentar o caso no momento, pois ele está sob sigilo e ainda em fase inicial.
Defesa de Hytalo Santos se manifesta
A defesa de Hytalo Santos, representada pelo escritório Mouzalas Azevedo Advocacia, emitiu uma nota esclarecendo que está colaborando ativamente com os procedimentos, apresentando toda a documentação solicitada pelos órgãos competentes. A defesa refutou as acusações de exploração de trabalho infantil e assédio, destacando que estas não estão sendo apuradas pelo MPT, mas sim em ações trabalhistas que estão sendo contestadas e tramitam em sigilo.
A nota reafirma a postura transparente e colaborativa da defesa, além de confiar nos órgãos de controle, reiterando o compromisso com a verdade e com a preservação da integridade moral e profissional de todos os envolvidos.
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