Carta Revela Bastidores da CBF e Conformismo entre Dirigentes
A recente reportagem da revista Piauí, que expõe as práticas internas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), gerou grande repercussão no mundo do futebol. A matéria revelou, entre outras coisas, o aumento nos salários dos presidentes de federações estaduais para valores acima de R$ 200 mil, além de viagens de luxo pagas pela entidade, incluindo a participação de familiares.
Na busca por entender a reação dos dirigentes do futebol nacional, a coluna do jornalista Danilo Lavieri, do portal UOL, conversou com diversos cartolas. Um deles optou por se manifestar anonimamente, enviando uma carta que revela a inércia dos clubes diante das denúncias. Segundo o dirigente, as informações divulgadas na reportagem não foram uma surpresa para o meio: Ninguém se revolta porque a reportagem só mostra o motivo de Ednaldo ter sido eleito por aclamação. O futebol brasileiro está sob sequestro e os clubes são as vítimas, afirmou.

Um Clima de Normalização
O autor da carta destaca que a normalização de práticas questionáveis se tornou comum entre os que atuam no futebol nacional. O que me assusta é que ninguém tenha percebido que ninguém se revoltou, pois todos já sabem disso há muito tempo, ressaltou. Ele também compartilhou um episódio que ilustra a falta de apoio à candidatura do ex-jogador Ronaldo à presidência da CBF, revelando a desilusão dos dirigentes sobre possíveis mudanças.
Outro ponto abordado foi a relação entre clubes e federações, além dos custos bancados pela CBF. O dirigente questiona se os presidentes de federações estavam cientes dos aumentos salariais e como o apoio das federações é essencial para candidaturas ao cargo de presidência. Quantos de nós já não presenciamos viagens luxuosas pagas pela CBF para dirigentes e personalidades? Isso acontece há muito tempo, afirmou.
A Influência Política e o Futuro da CBF
O dirigente também refletiu sobre a influência política nos bastidores da CBF, citando o recente julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A mudança na CBF só ocorreria com a atuação de autoridades policiais. Se a polícia investigasse, haveria uma chance de mudança, concluiu, expressando ceticismo em relação a qualquer iniciativa de reforma que venha de dentro da entidade.
Ele finaliza com uma crítica à falta de unidade dos clubes em busca de uma liga independente, ressaltando que, sempre que há uma tentativa de união, surgem desavenças que acabam por colocar tudo a perder. Esqueçam. Nada vai mudar!, conclui.
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