Câmara dos EUA aprova plano trilionário de Trump com apoio apertado
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, no dia 3 de julho, o ambicioso projeto fiscal do presidente Donald Trump, intitulado One Big Beautiful Bill. A proposta, que já havia recebido aval no Senado, passou por uma votação apertada de 218 a 214, com dois republicanos votando contra. Agora, o plano aguarda apenas a assinatura de Trump, que pretende oficializar a medida no feriado da Independência americana, em 4 de julho.
O pacote legislativo propõe mudanças profundas na política fiscal do país, incluindo cortes significativos em programas sociais como o Medicaid e a assistência alimentar, além da eliminação de incentivos à energia limpa. Segundo Trump, o foco está em ampliar investimentos em defesa e segurança nas fronteiras, ao mesmo tempo em que oferece benefícios fiscais para setores empresariais e cidadãos de alta renda.

Impacto financeiro e críticas
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estima que a nova legislação poderá adicionar US$ 3,3 trilhões à já elevada dívida pública dos EUA, que atualmente gira em torno de US$ 36,2 trilhões. Críticos consideram a medida um grande risco fiscal e um retrocesso em áreas essenciais, como saúde e meio ambiente.
Entre as propostas do projeto estão a extensão e aprofundamento de cortes de impostos iniciados durante o primeiro mandato de Trump, que incluem a redução das alíquotas do Imposto de Renda e benefícios para idosos com renda até US$ 75 mil anuais. Em contrapartida, a arrecadação será reforçada com medidas como a taxação de rendimentos de fundos universitários e restrições de créditos de saúde a imigrantes sem documentação regular.
Um dos pontos mais criticados é a mudança nas regras do Medicaid, que deixará milhares de pessoas sem assistência médica. Para continuar no programa, adultos sem filhos e sem deficiência precisarão comprovar 80 horas de trabalho mensais, e estados poderão cancelar a cobertura de quem não apresentar a documentação exigida.
Reações e tramitação do projeto
A tramitação do projeto foi marcada por intensas articulações políticas. Na véspera da votação, Trump se reuniu com deputados indecisos na Casa Branca para garantir os votos necessários. A votação chegou a ser adiada após um longo discurso do democrata Hakeem Jeffries.
A aprovação da medida enfrentou resistência dentro do Partido Republicano, onde cinco parlamentares inicialmente sinalizaram voto contrário, mas acabaram recuando após pressões do presidente. A oposição democrata classificou o pacote como punitivo, e até mesmo o empresário Elon Musk criticou publicamente a proposta, chamando-a de aberração.
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