Boom da Tadalafila: Riscos e Dicas para Melhorar Desempenho
O uso da tadalafila, medicamento para disfunção erétil, disparou no Brasil, com um aumento alarmante de 20 vezes nas vendas, segundo a Anvisa. As vendas saltaram de 3 milhões em 2015 para 64 milhões em 2024. Esse crescimento, no entanto, não acompanha um aumento proporcional nos diagnósticos de disfunção erétil, levantando preocupações sobre o uso indiscriminado da substância. Para entender melhor esse fenômeno, conversamos com um especialista na área.
O Dr. Carlo Passerotti, especialista em uro-oncologia, confirma que a comunidade médica percebe o aumento no consumo de tadalafila, refletido em dados de pesquisa. Ele aponta que a facilidade de acesso ao medicamento, frequentemente disponível sem receita médica, e sua popularização são fatores que explicam esse crescimento acelerado.

Entendendo o Uso da Tadalafila
De acordo com Passerotti, a pressão sobre o desempenho sexual enfrentada pela geração atual leva muitos a recorrerem à medicação. Esses remédios não garantem uma ereção. Eles são facilitadores, mas não uma garantia de sucesso, ressalta o especialista. Muitas pessoas jovens não enfrentam dificuldades fisiológicas, mas sim psicológicas, levando ao uso do medicamento e, potencialmente, a riscos como a dependência psicológica. Isso pode fazer com que indivíduos sintam que só conseguem ter relações sexuais com a ajuda da substância.
Além disso, o uso da tadalafila pode causar efeitos colaterais como dor de cabeça, dor muscular, gastrite, olhos avermelhados e congestão nasal. Em alguns casos, também pode provocar ereções prolongadas, especialmente quando combinado com álcool ou outras substâncias, transformando o que deveria ser uma ajuda em um grande inconveniente.
Embora haja um mito de que a tadalafila possa causar infartos, o especialista explica que, por provocar vasodilatação, requer atenção especial, especialmente em pacientes com histórico de problemas cardíacos. O uso indiscriminado, sem orientação médica, pode trazer mais riscos do que benefícios, e por isso é fundamental considerar alternativas naturais para melhorar o desempenho.
Dicas para Melhorar o Desempenho Sexual
Para os jovens que não têm disfunção erétil, Passerotti sugere algumas práticas que podem contribuir para um melhor desempenho sexual. Manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas, controlar o estresse e ter um parceiro ou parceira de confiança são passos cruciais. A terapia sexual e exercícios para o assoalho pélvico, como a fisioterapia, também podem ser benéficos.
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