Apesar de críticas, Homem com H é cinebiografia bem-sucedida

Ney Matogrosso, um dos artistas mais icônicos do Brasil, é retratado de maneira fiel em sua nova cinebiografia, Homem com H. Lançado nos cinemas nesta quinta-feira (1°/5), o filme se destaca por sua abordagem cuidadosa e envolvente, mesmo evitando polêmicas. Com um enredo que oferece uma verdadeira aula sobre o gênero, a produção se destaca em meio a outros filmes que não conseguiram capturar a essência de seus protagonistas.

Interpretado por Jesuíta Barbosa, Ney é apresentado de forma exuberante. O ator não apenas capta a essência do cantor, mas também se dedica intensamente ao papel, trazendo à vida as performances artísticas que marcaram a carreira do veterano. Essa entrega resulta em uma representação autêntica e vibrante que certamente impressionará os fãs e novos espectadores.

apesar de criticas homem com h e cinebiografia bemsucedida (Reprodução)

Direção e Narrativa

Dirigido por Esmir Filho, conhecido por seus projetos alternativos, o filme recebeu um investimento de R$ 18 milhões da Paris Filmes. Com isso, o diretor cria uma narrativa rica que abrange a vida de Ney Matogrosso de maneira quase poética. A obra começa com uma cena impactante que ilustra as dificuldades enfrentadas pelo jovem artista, especialmente sua relação conturbada com o pai, um militar que aos poucos vai amolecendo seu coração.

A história se desenrola com Ney explorando sua identidade e sua arte. O filme retrata sua juventude na Academia da Força Aérea no Rio de Janeiro e sua evolução em Brasília nos anos 60. Nesse contexto, duas narrativas centrais emergem: o desenvolvimento de seu talento e a descoberta de sua sexualidade, apresentadas com sensibilidade e atenção aos detalhes.

Aspectos Técnicos e Artísticos

Em termos de produção, Homem com H brilha em sua trilha sonora e direção de arte, com uma atenção cuidadosa aos aspectos musicais. O próprio Ney Matogrosso contribui ao dublar algumas cenas, o que enriquece ainda mais a experiência. As performances icônicas do cantor são reproduzidas com precisão, trazendo de volta looks memoráveis e 17 números musicais que se encaixam organicamente na narrativa, evitando a sensação de um musical convencional.

Embora o roteiro tenha sido elogiado, ele apresenta uma leve perda de ritmo na parte final. As interações com Cazuza são retratadas com profundidade emocional, mesmo que de forma menos explorada. A interpretação de O Tempo Não Para por Jullio Reis adiciona uma camada de complexidade à cena, mostrando a qualidade do elenco.

Desfecho e Legado

A cena final do filme, que mostra Ney Matogrosso em um show lotado no Allianz Parque em agosto de 2024, busca encerrar a história de forma épica. Embora essa escolha possa parecer um tanto clichê, ela reforça a ideia de que Ney permanece uma figura central na música brasileira, sempre relevante e admirado.

Nota: 8,0

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