Adesivos e Correntes: Entenda o Comportamento dos Parlamentares
Recentemente, plenários das Casas Legislativas do Brasil foram palco de cenas inusitadas, onde parlamentares de oposição cobriram suas bocas com adesivos e se amarraram com correntes. Essa manifestação ocorreu em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o ato, os parlamentares realizaram refeições e momentos de oração, levantando questões sobre a interpretação desse comportamento por parte dos representantes da população.
O Inconsciente Coletivo em Ação
A psicóloga e especialista em análise comportamental, Rosimar Ferraz, oferece uma visão sobre o que pode estar por trás desse tipo de ação. Segundo ela, em momentos de tensão, o inconsciente coletivo se ativa, influenciando reações e comportamentos de maneira subconsciente. Esse inconsciente coletivo estabelece uma conexão forte com os pensamentos de nossos ancestrais, afirma a especialista.

Comportamento em Grupo e Arquétipos
Rosimar menciona que o psiquiatra Carl Gustav Jung argumenta que o ser humano é fruto do meio e, quando exposto a pressões, busca padrões de comportamento e pensamento que envolvem arquétipos como o herói, a mãe e o velho sábio.
Além disso, Henri Tajfel e Curtis Levis discutem que a identificação com um grupo pode levar a decisões impulsivas, enquanto Jacob Levy Moreno, criador do psicodrama, aborda a influência dos papéis sociais. Esses teóricos ajudam a entender a sensação de pertencimento gerada em grupos, alterando a percepção do mundo e criando uma identidade grupal que atua como um símbolo de libertação, acrescenta Rosimar.
Com relação à imagem pública dos parlamentares, Rosimar destaca que uma ameaça a essa crença pode gerar sentimentos intensos de indignação e raiva, levando a decisões impulsivas. Esse comportamento é muitas vezes exacerbado em situações de protesto, onde a ação coletiva traz uma sensação de urgência e legitimidade. Essa dinâmica pode levar à polarização e ao que se chama de contágio emocional em grupos sociais, resultando em quebras de regras e normas democráticas.
A especialista defende que os representantes públicos deveriam focar mais na regulação emocional. Os líderes precisam agir com equilíbrio em crises institucionais, mediando conflitos e abrindo espaço para o diálogo, que é essencial para a defesa da democracia, conclui Rosimar.
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