STF afirma que forçar cartão não é fraude esportiva

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão importante ontem, ao conceder habeas corpus ao jogador conhecido como Igor Cariús. O caso envolve uma investigação sobre manipulação de resultados em uma partida entre Atlético-MG e Cuiabá, realizada em novembro de 2022, no âmbito da Operação Penalidade Máxima. A questão central discutida foi se a tentativa de provocar um cartão amarelo deve ou não ser considerada fraude esportiva.

O ministro Gilmar Mendes foi o responsável pelo voto que garantiu a liberdade de Igor. Ele argumentou que um cartão amarelo, por si só, não poderia alterar o resultado da competição. Os colegas de turma, como Dias Toffoli, acompanharam esse posicionamento, enquanto Nunes Marques e Luiz Fux não participaram da sessão.

Essa decisão pode abrir portas para outros processos semelhantes, como o caso do jogador Bruno Henrique, do Flamengo. Ele também enfrenta acusações de manipulação esportiva, alegando que forçou um cartão amarelo em benefício de um esquema de apostas envolvendo familiares.

Antes de chegar ao STF, a defesa de Igor Cariús já havia tentado encerrar a ação em instâncias inferiores, como o Tribunal de Justiça de Goiás e o Superior Tribunal de Justiça, mas não obteve sucesso.

A importância desta decisão vai além do caso específico, pois pode servir de referência para futuras investigações e julgamento de situações análogas no futebol brasileiro. As discussões sobre manipulação de resultados são cada vez mais relevantes no cenário esportivo, especialmente com o crescimento das apostas. É um tema que envolve não só os jogadores, mas também torcedores e clubes, gerando um debate constante sobre a integridade das competições.

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