Santos encerra 2º trimestre de 2025 com déficit de R$ 43 milhões

O Conselho Fiscal do Santos apresentou um relatório aos conselheiros do clube que revelou a real situação financeira do time. Para o segundo trimestre de 2025, o documento apontou um déficit de R$ 42.991.396, valor que supera a previsão inicial de R$ 38.823.657. A diferença é de quase 10% e, caso a gente olhe para o trimestre anterior, já havíamos visto um déficit de R$ 37,4 milhões.

Um dos destaques do relatório é que as receitas totalizaram R$ 123.731.899, um número bem acima da meta prevista que era de R$ 81.716.548. Desse total, quase R$ 21.493.507 vieram da venda de direitos federativos e empréstimos. Detalhe: isso não estava no orçamento original, o que mostra que surgiram oportunidades que o clube não havia contabilizado.

Receitas Acima do Previstos

O desempenho das receitas foi uma grata surpresa, mas é importante notar que nem tudo é positivo. A elevação nos valores de entrada é sempre bem-vinda, mas ainda assim, o clube enfrenta sérios desafios financeiros.

Custos e Despesas

Os custos operacionais chegaram a R$ 111.542.139, o que ultrapassa bastante os R$ 81.266.060 que estavam previstos. A maior parte desse gasto foi com salários e encargos, que totalizaram R$ 61.284.315, bem acima dos R$ 50.042.590 projetados. Já as despesas administrativas foram mais controladas, totalizando R$ 13.014.823, um valor que ficou abaixo da previsão de R$ 14.461.145.

Enfoque no Elenco Profissional

O relatório também trouxe à tona o foco nos gastos com o elenco profissional, que é a parte mais pesada da folha salarial. A boa notícia é que esses gastos apresentaram uma queda em comparação ao primeiro trimestre. Isso se deve a fatores como a reclassificação da despesa referente ao direito de imagem do Neymar, a pausa durante o Mundial de Clubes e a saída de alguns jogadores, incluindo Soteldo e Gabriel Veron.

Apesar dessa redução, o Conselho Fiscal acredita que ajustes mais profundos são necessários. A recomendação é a busca por um teto salarial que esteja alinhado às receitas garantidas e uma maior valorização dos atletas formados nas categorias de base. Economizar e valorizar o talento local podem ser os primeiros passos para melhorar a saúde financeira do clube.

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