MP contestará absolvição no caso Ninho do Urubu. Entenda.

Em fevereiro de 2019, uma tragédia abalou o mundo do futebol: um incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, resultou na morte de dez jovens atletas que sonhavam brilhar nos gramados. Até hoje, o caso continua a gerar repercussões na Justiça do Rio de Janeiro.

Recentemente, o Ministério Público do Rio anunciou que vai recorrer da decisão que absolveu todos os réus envolvidos no incêndio. A tragédia, que aconteceu no dia 8 de fevereiro, deixou também três feridos. Na avaliação da Justiça, não foram encontradas provas suficientes para mostrar que os acusados participaram diretamente do que ocorreu.

A 36ª Vara Criminal do Rio de Janeiro argumentou que, para atribuir responsabilidade penal, não basta apenas o cargo que a pessoa ocupa. É necessário provar que houve uma ação ou omissão que contribuiu para o resultado trágico.

### Detalhes do Caso

Entre os absolvidos estão Antônio Márcio Mongelli Garotti, diretor financeiro do clube, e vários engenheiros que trabalhavam na manutenção do local. O Flamengo não quis se pronunciar sobre a decisão judicial, afirmando que respeita as determinações da Justiça.

Eduardo Bandeira de Mello, que era o presidente do Flamengo à época, também teve sua punibilidade extinta, devido ao tempo que se passou desde o início do processo. É importante lembrar que, ao longo da investigação, outros denunciados já haviam sido retirados do caso.

### Lembrando os Jovens Atletas

As vidas perdidas foram de jovens com idades entre 14 e 16 anos, como Athila Paixão, Arthur Freitas e Christian Esmério. Todos estavam em busca de seus sonhos no futebol.

Nos últimos meses, o Flamengo conseguiu fechar um acordo de indenização com a família de Christian Esmério, que era a última ainda fora da resolução anterior. Essa medida é um passo importante para trazer algum tipo de alívio às famílias que sofreram com a perda de seus filhos.

### O Olhar da Justiça

A Justiça, reforçando sua posição, destacou que a falta de provas efetivas impediu a responsabilização dos réus. Isso mostra um aspecto complexo do sistema judicial, onde se exige mais do que cargos e funções para determinar a responsabilidade penal.

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