Justiça absolve réus de incêndio no Ninho do Urubu

Dez atletas jovens, com idades entre 14 e 16 anos, perderam a vida em uma tragédia que abalou o mundo do futebol no Brasil. O incêndio ocorrido no Centro de Treinamento George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, deixou marcas profundas em famílias, amigos e na comunidade do Flamengo.

Recentemente, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu absolver todos os sete réus acusados pelo incêndio. A decisão foi tomada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Capital, e divulgada na terça-feira. Essa tragédia aconteceu em fevereiro de 2019, e a dor ainda é muito presente.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro havia pedido a condenação dos réus, mas o magistrado não encontrou provas suficientes para sustentar uma culpa penal. Ele explicou que, mesmo reconhecendo a origem técnica do incêndio, a responsabilização criminal exige que o resultado esteja dentro de um risco que poderia ter sido controlado. Em suas palavras, a situação é complexa e envolve muitos fatores, tornando difícil atribuir a culpa de forma individual.

Além dos sete que foram absolvidos agora, outros quatro já tinham recebido a mesma decisão anteriormente, incluindo membros da diretoria do clube na época e o monitor dos atletas. As acusações incluíam crimes de incêndio culposo e lesão corporal grave, mas a justiça ainda pode ser contestada através de recurso.

Entre os jovens que perderam a vida no incêndio, estavam Athila Paixão, Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva Matos, Rykelmo de Souza Vianna, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías. Cada um deles tinha sonhos e aspirações, deixando uma dor imensurável nas famílias e amigos.

Conheça os sete absolvidos

  • Marcelo Maia de Sá – diretor adjunto de patrimônio do Flamengo.

  • Márcio Garotti – diretor financeiro do Flamengo.

  • Danilo Duarte – engenheiro responsável pela parte técnica dos contêineres.

  • Fabio Hilário da Silva – engenheiro eletricista na empresa encarregada dos contêineres.

  • Weslley Gimenes – engenheiro civil responsável pela estrutura dos contêineres.

  • Claudia Pereira Rodrigues – pessoa responsável pela assinatura dos contratos da empresa que cuidava dos contêineres.

  • Edson Colman – sócio da empresa que fazia a manutenção dos aparelhos de ar condicionado.

Vale mencionar que o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello também deixou a lista de réus, pois o Ministério Público considerou que seu caso havia prescrito e não poderia mais ser punido. A decisão do juiz nesse sentido foi acatada.

A tragédia deixou um legado de reflexões sobre segurança e responsabilidade. A busca por justiça continua sendo uma pauta importante para todos os envolvidos, enquanto a memória dos jovens atletas permanece viva.

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