Ícone da Fórmula 1 deixa pistas e se junta à Ford

Aos 36 anos, Daniel Ricciardo anunciou sua aposentadoria da Fórmula 1, encerrando uma carreira repleta de momentos inesquecíveis no automobilismo. O ex-piloto australiano fez o anúncio na última sexta-feira, dia 5 de setembro. Sua última corrida foi em 2024, competindo pela equipe Red Bull, e agora ele embarca em uma nova jornada como Embaixador Global da Ford Racing.

Mudanças no volante para ser Embaixador

Ricciardo compartilhou sua felicidade ao se unir à Ford, afirmando que, mesmo longe das pistas, o amor pelos carros e pelas corridas continua vivo. O australiano revelou que vai colaborar diretamente com a equipe da Ford Racing, dedicando-se especialmente à marca Raptor e ao estilo de vida que ela representa para muitos fãs da montadora.

Ele pensa que essa transição é uma maneira autêntica de se manter conectado ao mundo do automobilismo, ressaltando que as corridas sempre foram uma fonte de alegria em sua vida. Para ele, as memórias desse tempo são inestimáveis.

Da estreia ao estrelato: O caminho de Ricciardo na F1

Ricciardo deu os primeiros passos na Fórmula 1 em 2011, estreando pela equipe Hispania. No ano seguinte, mudou-se para a STR, hoje conhecida como Red Bull, onde passou três temporadas. Seu talento logo se destacou na Red Bull Racing, donde obteve sete vitórias em cinco temporadas, incluindo uma icônica no circuito de Mônaco.

Ele alcançou seus melhores desempenhos em 2014 e 2016, quando terminou em terceiro lugar no campeonato. Ricciardo se destacou não apenas pelas suas habilidades, mas também pelo seu carisma, famoso por fazer o “shoey”, um gesto divertido de comemorar bebendo champanhe de seu próprio sapato.

Após sua passagem pela Red Bull, ele se juntou à Renault, mas os resultados não foram os esperados. Depois, integrou a McLaren, onde ficou atrás do companheiro Lando Norris nas temporadas de 2021 e 2022. O retorno à AlphaTauri veio em 2023, mas uma colisão no GP da Holanda e uma cirurgia em sua mão limitaram sua participação.

Sua última temporada foi em 2024, quando a AlphaTauri tinha mudado de nome para RB. Infelizmente, após dificuldades no campeonato, ele foi substituído pelo neozelandês Liam Lawson após o GP de Singapura. Desde então, Ricciardo optou por um tempo longe dos holofotes, buscando relaxar e se reconectar consigo mesmo.

Reflexões e novos caminhos

Durante esse período sabático, ele mencionou que o ano foi um tempo de autoexploração. Depois de viver a intensa vida nas pistas, ele encontrou um pouco de paz e até fez algumas caminhadas, incluindo uma viagem ao Alasca, onde se divertiu ao não ter encontros com ursos.

Ricciardo também falou sobre sua jornada de autodescobrimento. Ele está aprendendo a valorizar mais as pequenas coisas e a importância da família e dos amigos. O desejo de ser menos egoísta e mais atencioso é uma de suas reflexões.

Em toda sua carreira, ele acumulou oito vitórias, 32 pódios, três pole positions e 1.329 pontos em 257 corridas, solidificando-se como um dos pilotos mais pontuadores da história da Fórmula 1.

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