Decisões da Libertadores entre times do mesmo país
Afinal, quem não gosta de um bom duelo, não é mesmo? A competição da Libertadores sempre reservou momentos intensos e surpreendentes, e agora, em 2025, estaremos de olho na final entre Flamengo e Palmeiras no Monumental de Lima. Esse encontro marca uma nova fase na história do futebol brasileiro, trazendo de volta uma tradição que, apesar de pouco frequente nas primeiras edições da Libertadores, se tornou um símbolo do poder e da técnica do nosso futebol no século XXI.
Assistir a uma final entre clubes do mesmo país é algo especial. Essas disputas costumam ser intensas, transbordando rivalidade e paixão, e sempre envolvem uma boa dose de história, identidade e, claro, um pouco de drama.
Para entender melhor essa atmosfera rica e emocionante, vamos relembrar algumas finais marcantes entre times brasileiros ao longo da história da Libertadores. Vamos abordar como essas rivalidades se moldaram, incluindo os contextos em que cada equipe se encontrava e o impacto de cada confronto.
2005: Quando a casa não é sua, o jogo pesa mais
A final de 2005 traz à tona um pano de fundo cheio de desigualdades e polêmicas. O Athletico Paranaense, em sua primeira final, teve que jogar a partida de ida em Porto Alegre, já que sua casa, a Arena da Baixada, não atendia às exigências da Conmebol. A torcida e o clube ainda relembram esse fator como um ponto desfavorável. O jogo terminou empatado em 1 a 1, mas a volta no Morumbi foi um show de superioridade do São Paulo, que venceu por 4 a 0. A pressão ambiente e a discussão sobre a logística desfavorável deixaram marcas na equipe do Furacão.
2006: A fé de um elenco pode virar destino
No ano seguinte, as coisas mudaram. O Internacional, com Fernandão liderando e Abel Braga no comando, chegou à final decidido a fazer história. Venceram o São Paulo, sensação de hegemonia na época, por 2 a 1 no Morumbi e seguraram um empate no Beira-Rio, conquistando assim o primeiro título da Libertadores. O clima nos vestiários do Inter transmitia confiança e a força de um coletivo coeso, proporcionando uma virada emocionante na história do clube.
2018: Quando a rivalidade precisa se desarmar para jogar
A final de 2018 foi marcada por um evento extra-campo que virou a história de cabeça para baixo. O ataque ao ônibus do Boca Juniors antes da partida de volta fez com que a Conmebol decidisse transferir o jogo para o Santiago Bernabéu, em Madrid. Essa foi a primeira (e até agora única) final da Libertadores realizada fora da América. Todo o drama fora do campo gerou uma narrativa que envolveu segurança internacional, desgaste emocional e uma atmosfera completamente diferente. O embate terminou com o River Plate vencendo por 3 a 1 na prorrogação, mas não sem deixar em evidência toda a turbulência que cercou o evento.
2020: A solidão das decisões também decide jogos
Na final de 2020, já sob a sombra da pandemia, o Palmeiras finalmente retornou ao topo após 21 anos, com um gol memorável nos acréscimos. Essa final teve um ar atípico, com público restrito e muita expectativa. Para o Santos, a frustração foi imensa, especialmente pela maneira dramática como a partida se desenrolou. As circunstâncias da pandemia mudaram tudo e, mesmo assim, o Verdão soube capitalizar essa tensão e celebrar.
2021: Dois gigantes e um sopro de acaso
Voltando a ser rivais em 2021, Palmeiras e Flamengo mostraram suas forças. O jogo foi equilibrado, mas um erro no final aproveitado pelo Palmeiras selou a vitória em um embate tenso, refletindo a luta entre duas maneiras de gerir clubes e montar elencos. O que se viu em Montevidéu foi muito mais que um simples jogo; era uma batalha de ideais e estilos.
2022: A força dos favoritos se mede nos detalhes
A final em Guayaquil em 2022 viu o Flamengo retomar o título, com Gabriel Barbosa marcando o gol decisivo. O Athletico estava lá, tendo superado gigantes para chegar até ali, mas o Flamengo usou sua experiência em finais para se garantir no topo mais uma vez. Era uma disputa entre a profundidade do elenco rubro-negro e a proposta mais pragmática do Athletico.
2024: Heróis surgem no caos, não na calmaria
Finalmente, a final de 2024 entrou para a história. O Botafogo fez um verdadeiro milagre ao vencer mesmo com um jogador a menos logo no começo da partida. Eles tomaram uma atitude tática que ninguém esperava, resultando em uma conquista épica que uniu a torcida e deixou uma marca no clube.
2025: Histórias que insistem em se reencontrar
Agora, em 2025, Flamengo e Palmeiras se encontram novamente, trazendo novas expectativas e histórias. O palco pode ser o mesmo, mas as circunstâncias mudaram. Novos elencos, renovação de projetos e um Brasil que se tornou protagonista no futebol sul-americano prometem um espetáculo à altura.
Essas finais nos mostram que, no futebol, nem sempre o favorito vence. Às vezes, são as histórias de superação, as rivalidades intensas e os momentos de tensão que fazem o jogo ser tão apaixonante.
