Corinthians aciona CBF em disputa com Bahia por jogador da base

A transferência do jovem atacante Kauê Furquim, de apenas 16 anos, está movimentando bastante os bastidores do futebol brasileiro. O Corinthians decidiu recorrer à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), ligada à CBF, após acusar o Bahia de aliciamento e irregularidades durante a negociação. A equipe de São Paulo fez um pedido de sanções contra o clube da Bahia, alegando que houve um “nítido aliciamento” do jogador, o que contraria normas legais que garantem direitos de preferência em transferências.

De acordo com o Corinthians, o Bahia não respeitou o que diz a Lei Pelé sobre a comunicação entre clubes. Essa lei estabelece que o clube formador deve ser informado em até 45 dias antes do fim do contrato do atleta, caso outra equipe tenha interesse. A falta de uma proposta formal do Bahia teria prejudicado o Timão, que poderia ter optado por novas condições contratuais.

Além da questão legal, o Corinthians acredita que o Bahia agiu como um intermediário para o Grupo City, que controla a SAF do time baiano. Na visão do Corinthians, a intenção seria fazer a negociação de forma a manter o pagamento da multa nacional em R$ 14 milhões, enquanto a multa internacional chega a impressionantes 50 milhões de euros, ou cerca de R$ 315 milhões.

### O que o Corinthians está pedindo

Entre as ações desejadas pelo Corinthians, estão algumas penalizações contundentes. O clube solicita uma indenização equivalente a 200 vezes o salário mensal proposto pelo Bahia a Kauê. Além disso, requer que a CNRD impõe sanções com base no artigo 56 de seus regulamentos, argumentando que houve aliciamento e transações não permitidas.

Caso Kauê seja transferido para outro clube do Grupo City ao completar 18 anos, o Corinthians quer também que o Bahia arque com a multa internacional. Outro pedido é que o Bahia e o jogador apresentem toda a documentação relacionada à negociação, incluindo mensagens, propostas e emails trocados entre eles.

### Entenda o contexto da situação

Kauê Furquim, que se destacou nas categorias de base do Corinthians, assinou seu primeiro contrato profissional em abril. Na ocasião, sua multa nacional foi estabelecida em R$ 14 milhões, enquanto a internacional é bem mais alta, chegando aos 50 milhões de euros. O Bahia, agora sob a administração do Grupo City, pagou a multa nacional e registrou o jogador na CBF.

Surpreendendo os dirigentes alvinegros, a saída de Kauê ocorreu enquanto o clube ainda tentava aumentar seu salário. Em uma entrevista, Carlos Roberto Auricchio, diretor das categorias de base do Corinthians, afirmou que a equipe foi “enrolada” pelos representantes do atleta durante o processo.

É uma situação que mostra bem como as negociações no futebol podem ser complicadas, envolvendo leis e interesses de várias partes. Então, vamos acompanhar os próximos desdobramentos dessa história que, com certeza, ainda dará muito o que falar.

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