Cássio, do Cruzeiro, fala sobre matrícula da filha autista
O goleiro Cássio, antigo jogador do Corinthians e agora no Cruzeiro, fez um desabafo nas redes sociais sobre as dificuldades que enfrenta para matricular a filha, Maria Luiza, de sete anos, em escolas de Belo Horizonte. A menina foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, segundo o pai, as negativas são frequentes nas instituições consultadas.
Cássio mencionou que a resposta é sempre a mesma: “ela não é aceita”. Isso se deve, em parte, à acompanhante de Maria, que está com ela desde os dois anos, quando a família ainda morava em São Paulo. Na época, Cássio jogava pelo Corinthians.
### Desafios da Inclusão Escolar
O goleiro explicou que, nos poucos locais que aceitaram a tentativa, a única exceção foi a atual escola da menina. Ele destacou a frustração em ter que ouvir negativas, principalmente de instituições que se dizem “inclusivas”. “O mais triste é ouvir isso de escolas que se apresentam como ‘inclusivas’, dizendo aceitar todos os tipos de crianças. Na prática, a realidade é bem diferente”, desabafou Cássio.
O que mais o machuca é saber que a rejeição da filha ocorre apenas por causa do autismo. “Ver sua filha rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só uma palavra bonita em propaganda, é uma atitude”, ressaltou.
### Um Novo Papel
Desde que revelou o diagnóstico de Maria em 2022, Cássio tem se envolvido ativamente na luta pelos direitos das pessoas autistas. Ele posou para fotos com a torcida “Autistas Cruzeirenses” e frequentemente usa luvas decoradas com peças de quebra-cabeça, símbolo do autismo. Essas ações mostram que ele está comprometido em promover a inclusão e conscientização sobre o tema.
A história de Cássio é um lembrete importante de que a inclusão vai muito além do discurso. Que possamos olhar para essas realidades e nos unir em busca de um futuro mais acolhedor para todos.