Suzane Von Richthofen: delegada do caso comenta o filme

Policial revela detalhes do crime brutal

No cenário do crime que abalou o Brasil há mais de duas décadas, o assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, um novo filme lançado recentemente, A Menina Que Matou os Pais – A Confissão (2022), traz uma perspectiva inédita sobre os eventos que levaram à prisão e condenação de Suzane e seus cúmplices, os irmãos Cravinhos.

O filme despertou grande interesse e discussão nas redes sociais, e a delegada Cíntia Tucunduva, que investigou o caso, compartilhou sua opinião e detalhes cruciais sobre o crime.

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Delegada Cíntia Tucunduva (à esqu.) e Suzane von Richthofen (à dir.) – Reprodução/Vídeo/Instagram e arquivo pessoal

Testemunha ocular fala sobre o filme de Suzane Von Richthofen

O filme, lançado na plataforma de streaming Prime Video, difere dos dois anteriores, pois apresenta a visão das autoridades policiais envolvidas no caso.

A delegada Cíntia Tucunduva, uma testemunha ocular dos eventos que chocaram o país, assistiu ao filme e o considerou interessante. Ela destacou que o filme enfoca a perspectiva da observadora, alguém que estava autorizada a acompanhar as investigações, e que pontua os principais elementos que levaram a polícia a suspeitar dos envolvidos. Segundo ela:

O filme foi feito na ótica da observadora, que estava com uma autorização para acompanhar as nossas investigações. Foram pontuados os pontos principais, ficando assim, claro que num primeiro momento, tudo levava a crer que quem cometeu o crime era alguém familiarizado com a rotina da casa.

Delegada relembra caso

Cíntia relembrou detalhes do crime que levantaram suspeitas desde o início da investigação. Um deles foi a presença de objetos da casa no local do crime, indicando que os responsáveis pelo assassinato conheciam a residência.

Ela mencionou a jarra de água encontrada ao lado da cama dos pais de Suzane, sem copos:

Ela [a jarra] estava sem o copo de água, o que chamou a atenção, porque ninguém que vai dormir coloca uma jarra de água na cabeceira da cama sem ter um copo para se servir.

Além disso, a ausência de qualquer sinal de arrombamento externo na casa levou as autoridades a restringir o campo de investigação, apontando para a possibilidade de o crime ter sido cometido por alguém conhecido dos pais de Suzane.

Ao ser questionada sobre o filme, Cíntia mencionou que não se lembrava de uma cena em que Suzane pedia desculpas ao irmão. A delegada destacou:

Não me recordo da cena em que Suzane pede perdão ao irmão. Eu não me recordo de nenhum momento dela relativo à compaixão, ao perdão, ao arrependimento. Pode ser decorrente do lapso temporal decorrido. São 21 anos, mas essa cena eu não me lembro.

A delegada também compartilhou um momento que demonstra a frieza de Suzane quando a farsa por trás do crime foi desvendada. Enquanto a delegada preparava uma minuta de prisão temporária, Suzane pediu permissão para dormir no sofá do local:

Ela deitou para dormir no sofá, e eu pensei, ‘nossa, eu nunca vi isso’. Ela estava totalmente desacreditada de que o crime fosse esclarecido ou de que qualquer coisa acontecesse a ela. Deu essa impressão.

O filme, que traz à tona detalhes da investigação policial, tem gerado uma série de discussões nas redes sociais. Os brasileiros estão relembrando o crime que abalou o país e debatendo sobre as diferentes perspectivas apresentadas no filme.

A opinião da delegada Cíntia Tucunduva, que desempenhou um papel fundamental na resolução do caso, acrescenta uma camada interessante à discussão, revelando detalhes que apenas as autoridades envolvidas conheceram em primeira mão.

Em um país que ainda se lembra claramente dos eventos que chocaram a nação, A Menina Que Matou os Pais – A Confissão continua a despertar o interesse e a curiosidade do público, revelando aspectos do caso que muitos desconheciam, e alimentando o debate sobre a complexa psicologia por trás de um crime tão brutal.

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