Thiago Nigro analisa queda das ações da Havaianas e perdas financeiras
Educador financeiro Thiago Nigro, conhecido como “Primo Rico”, comentou sobre a recente queda das ações da Alpargatas, a empresa por trás das famosas Havaianas. Ele aproveitou para fazer uma comparação entre as vendas atuais e os números de 2017, e esta análise caiu como uma luva em meio a uma polêmica na rede.
Recentemente, um comercial da Havaianas protagonizado por Fernanda Torres agitou as redes sociais e até gerou reações entre alguns políticos brasileiros. A publicidade, que foi lançada para a virada do ano, traz uma fala da filha de Fernanda Montenegro, que sugere começar 2026 “com os dois pés” — um trocadilho que não agradou a todos. Para muitos políticos conservadores, a mensagem soou como uma provocação política.
As ações da Alpargatas em queda
Thiago começou seu vídeo no Instagram mencionando que as ações da Alpargatas, que já tinham subido impressionantes 80% no ano, abriram o mercado da B3 na segunda-feira (23/12) com uma queda de quase 3%. Em um piscar de olhos, a empresa perdeu cerca de R$ 250 milhões em valor de mercado.
O que chamou a atenção de Thiago foi o desempenho das vendas da Havaianas nos últimos tempos. Ele destacou que, nos primeiros três trimestres de 2023, a marca vendeu R$ 144 milhões aqui no Brasil, um número muito próximo dos R$ 147 milhões registrados em 2017. Mesmo com um aumento da população e do poder de compra, a Havaianas conseguiu vender menos.
Inflacionando a comparação
Para deixar a situação ainda mais clara, ele lembrou que os R$ 147 milhões de 2017 equivaleriam a aproximadamente R$ 219 milhões hoje, considerando a inflação. Isso significa que, em valores reais, a marca está vendendo 35% a menos do que há quase dez anos atrás.
Em meio a esses números, as ações preferenciais da Alpargatas (ALPA4) estavam sendo negociadas a R$ 11,36, resultado da reação negativa à campanha publicitária e dos pedidos de boicote que surgiram nas redes sociais.
Boicote nas redes sociais
O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro foi um dos que se manifestou publicamente. Ele publicou um vídeo em que descarta um par de Havaianas, dizendo que começaria o ano “com o pé direito, mas não de Havaianas”. Para ele, a campanha teria uma conotação ideológica que justificaria a ideia de boicotar a marca.
Essa posição acabou atraindo outros influenciadores e políticos que também começaram a criticar a publicidade, associando-a a um suposto viés político da empresa. Com isso, a Havaianas – que há mais de 60 anos é sinônimo de brasileiro em clima de verão – agora enfrenta não só desafios no mercado, mas também uma onda de críticas nas redes sociais.
