Angélica alerta sobre feminicídios e a criação de meninos melhores

Casos de feminicídio estão aumentando no Brasil, e os números são alarmantes: cerca de quatro mulheres perdem a vida todos os dias. Essa realidade gerou uma onda de manifestações que envolvem tanto pessoas anônimas quanto figuras conhecidas como Angélica. Recentemente, ela compartilhou sua visão sobre um tema importante nas redes sociais: a forma como criamos os meninos pode ser uma das chaves para mudar essa situação.

No Instagram, a apresentadora fez um desabafo: “Precisamos criar meninos que lidem melhor com a rejeição, que saibam levar um fora e seguir em frente. Meninos que ajudem suas mães, irmãs, filhas ou esposas quando elas estiverem doentes, oferecendo chás ou levando-as ao médico, se necessário.”

Ela destacou a importância de ensinar meninos a lidarem com as frustrações, como perder um jogo ou não vencer em uma competição. É fundamental também que respeitem professoras, colegas e chefes, e que entendam que não há problema em mudar de carreira caso suas parceiras precise se ausentar por algum motivo. Isso também vale para questões salariais — meninos precisam aprender que ganhar menos do que uma mulher não diminui seu valor.

Angélica ressaltou que os meninos precisam ser sensíveis às necessidades dos outros. Eles devem ser capazes de se abrir para conversas profundas, ouvir atentamente e até demonstrar carinho para com outros homens através de abraços. “As palavras devem ser usadas para fortalecer relacionamentos saudáveis, e é essencial que sejam honestos sobre o que sentem, respeitando sempre os acordos que fazem”, completou.

Ela pediu por uma mudança de mentalidade, enfatizando que meninos não podem ser chamados de “meninos” ou “garotos” quando já se tornaram adultos. “É hora de criar homens de verdade”, disse. Ela também citou um texto de Pedro Barros Fonseca, que pede por homens que não levantem a mão nem a voz contra mulheres, sejam elas amigas, vizinhas ou familiares. “Precisamos criar meninos que não se sintam menos quando erram ou falham. O caminho pode ser longo, mas é possível recomeçar.”

Os dados são claros e preocupantes: em média, quatro mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil, a cada seis horas. Esses crimes são frequentemente cometidos por parceiros ou ex-parceiros, e a violência de gênero é uma realidade em todo o país. Angélica concluiu que é urgente enfrentar essa situação. “Não podemos mais normalizar essas manchetes, ignorar as denúncias ou considerar essas mortes como tragédias isoladas. O feminicídio é o resultado de um longo ciclo de controle e medo, e precisamos interrompê-lo antes que seja tarde demais.”

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