Marina Demori recorda cobertura jornalística da pandemia
A jornalista Marina Demori tem uma trajetória cheia de experiências para contar, e em uma conversa descontraída no Programa Flávio Ricco, ela revisitou uma fase desafiadora de sua vida: a cobertura da pandemia de Covid-19. Para ela, foi um período em que a mistura de medo e responsabilidade era rotina na redação.
Flávio perguntou se aqueles momentos difíceis impactaram até os jornalistas mais experientes. E a resposta de Marina foi clara: sim. Ela relatou como, durante a pandemia, estava em um relacionamento com alguém da área da saúde, o que tornava tudo ainda mais complicado. “Sair de casa todos os dias para trabalhar era tenso, principalmente com essa dinâmica. Eu estava no interior a trabalho, longe da minha família em Goiânia, e passei meses sem ver meus pais e avós”, contou.
Trabalhar em campo durante a pandemia trouxe desafios imensos. Como ela mesma disse, “era preciso usar máscara e, em algumas situações, até viseira”, algo que tornava as reportagens ainda mais difíceis. Marina detalhou que o contato era restrito apenas ao seu cinegrafista e que a redação estabelecia escalas para evitar a aproximação entre as equipes.
Ainda em início de carreira, Marina enfrentou cenas bastante impactantes. “Fui a hospitais, mostrando realidades alarmantes, conversei com pessoas que perderam entes queridos. Foi um momento arrasador”, confessou. Flávio, ao ouvir isso, compartilhou um pouco de sua própria vivência, lembrando a dor que a sua nora, uma infectologista, sentia ao voltar para casa após dias pesados de trabalho.
E a situação ficou ainda mais pessoal para Marina. Ela revelou que seu pai precisou ser internado durante a pandemia. “Ele ficou 17 dias entubado, e isso ocorreu em um período em que os hospitais estavam superlotados”, disse, trazendo à tona a relação entre sua vida profissional e os dramas familiares.
Essa conversa não só destacou os desafios do telejornalismo durante uma crise global, mas também trouxe à luz como a vida pessoal se entrelaçou com o trabalho de muitos jornalistas.
Hoje, em 2025, a Covid-19 ainda está presente no mundo, mas com um impacto muito menor do que nos momentos mais críticos da pandemia. Dados recentes da Organização Mundial da Saúde indicam que, entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil registrou mais de 7 mil casos graves e aproximadamente 1.080 mortes. Embora os números sejam preocupantes, os especialistas enfatizam que a vigilância continua, já que o vírus ainda apresenta mutações.
