Ex-bailarina do Faustão fala sobre superlotação e comida na prisão
Natacha Horana, conhecida como ex-bailarina do Faustão, compartilhou detalhes impressionantes sobre os quatro meses que passou presa, enfrentando acusações sérias como lavagem de dinheiro e envolvimento em uma organização criminosa. Em uma conversa descontraída no podcast “PodShape”, a dançarina contou que sua experiência na penitenciária de Franco da Rocha, em São Paulo, foi marcada por dificuldades extremas, incluindo alimentação imprópria e um ambiente hostil.
Ela relembra com emoção o dia em que os agentes chegaram à sua casa. “Fui surpreendida. Chegaram me prendendo e explicaram que eu estava sendo acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Perguntei o porquê e me disseram para consultar meu advogado. Tudo aconteceu tão rápido”, disse Natacha, que se sentiu desorientada e assustada. “Ai, eu fui algemada como se fosse uma bandida”, completou, expressando a angústia do momento.
### A Vida na Prisão
Sobre sua experiência na penitenciária, Natacha não poupou detalhes. “Senti medo e pânico. Pensei que poderia morrer ali. Não conseguia dormir, comer, só chorava. Dividi a cela com 16 mulheres, mas só havia espaço para oito. Tínhamos que revezar os colchões e mal conseguíamos descansar”, relatou.
A alimentação foi um dos pontos críticos. A dançarina descreveu a comida como “estragada” e “imprópria”. “Tinha frutas podres e a comida chegava muitas vezes misturada e maltratada. Lembro do Natal, tive que comer ovo estragado”, contou, em tom de desilusão. Ela enfatizou o quanto essa experiência foi traumática, afirmando que “não desejo isso nem para o meu pior inimigo”. Após deixar a prisão, Natacha revelou que enfrentou sérios problemas de saúde mental, como depressão e síndrome do pânico, se sentindo incapaz de encarar o mundo novamente.
### O Caso e a Liberdade
Natacha foi presa em dezembro de 2024, no bairro da zona sul de São Paulo. As investigações apontavam para sua suposta participação em atividades ilegais, acabando por levar ao seu encarceramento. No entanto, ela lutou para obter sua liberdade. O advogado dela fez três pedidos de habeas corpus, todos negados pela Justiça, até que, em março deste ano, a decisão foi revertida pelo STJ.
O caso continua em andamento, mas Natacha agora respira aliviada por estar fora da prisão, embora as marcas da experiência a acompanhem.
