Luisa Mell faz apelo por veganismo na COP30

Uma cena inusitada chamou a atenção em frente à COP30, que está ocorrendo em Belém, no Pará. Nessa quinta-feira, a ativista Luisa Mell decidiu se despir e pintar o corpo, simbolizando o planeta Terra em chamas, enquanto estava deitada em um prato cenográfico “espetada” por um garfo gigante. Ao fundo, um cartaz pedia: “Por favor, seja vegano!”.

A performance foi uma parceria com a PETA, uma organização internacional que defende os direitos dos animais. O objetivo era criticar a alimentação disponível na conferência, que oferece apenas 40% de opções veganas ou vegetarianas.

Para Luisa, a pecuária é uma das principais responsáveis pelo desmatamento e pelas emissões de metano no Brasil. Ela destacou que a Amazônia está sendo destruída para dar lugar a pastagens e plantações de soja e milho que, em sua maioria, não servem para a alimentação humana, mas sim para alimentar animais da indústria em nível mundial. “Infelizmente, muitas pessoas ainda não se dão conta do que está acontecendo e como isso nos afeta. Estou aqui para alertar sobre essa causa que envolve não só os animais, mas também o futuro do nosso planeta e das próximas gerações”, comentou.

Luisa também explicou o significado de sua pintura corporal, representando um planeta sendo consumido pelo fogo, um símbolo da destruição que nossas escolhas alimentares podem causar. Ela fez um apelo por políticas ambientais urgentes e expressou sua preocupação pessoal: “O agronegócio controla muitas decisões no nosso país, mas precisamos pensar no futuro. Tenho um filho de 10 anos e faço isso por ele. Essa ação é para chamar a atenção para a nossa realidade e, quem sabe, despertar uma mudança.”

A ativista não poupou críticas à COP30, que terá início oficial no próximo dia 10. “Como podemos discutir soluções para a crise climática enquanto continuamos a ‘devorar’ nossas florestas? Essa hipocrisia é algo que muitos governos não abordam diretamente. A ONU já deixou claro que não há como reverter o aquecimento global sem uma mudança na nossa alimentação. Por que, então, não temos um cardápio vegano na própria COP?” questionou.

Luisa Mell planeja continuar participando de ações que defendem a transição alimentar e o fim dos subsídios à pecuária industrial. Em seu Instagram, ela se apresenta como uma “pioneira na causa animal” e presidente do Instituto Luisa Mell de Proteção Animal e ao Meio Ambiente, destacando sua luta incansável pelo bem-estar dos animais e pela saúde do planeta.