Oruam critica megaoperação no Rio e chama de “banho de sangue”

O rapper Oruam usou suas redes sociais para abordar a megaoperação que ocorreu no Rio de Janeiro no dia 28 de outubro, resultando em um número alarmante de pelo menos 121 mortes. Em suas palavras, ele criticou a postura das autoridades, afirmando que elas parecem ter prazer em “matar bandidos”, o que, segundo ele, caracteriza a operação como uma verdadeira “chacina”.

Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi do Santos Nepomuceno, se apresentou e compartilhou sua percepção sobre a realidade carioca. “Meu pai, Marcinho VP, e eu somos reflexos da sociedade. Até mesmo aqueles que estão armados nas favelas são também um reflexo do que vivemos”, disse ele. Essas afirmações carregam um peso significativo, ressaltando a complexidade do problema.

### Críticas à Mídia e à Sociedade

O rapper não poupou críticas à cobertura da mídia sobre o evento. “A mídia descobriu que matar bandido vende muito, e essa política é a que mais atrai atenção no Rio. No Brasil, isso é uma verdade”, declarou. Para ele, a sociedade tem uma certa atração pelo “banho de sangue”, onde o bandido se torna o vilão e as verdadeiras questões sociais ficam ocultas.

Ele argumentou que o problema não está restrito às favelas; “O crime também está nas mansões, em Brasília. O favelado é apenas um reflexo de uma estrutura muito maior”, afirmou. Essa visão amplia a discussão sobre a complexidade das desigualdades sociais e a forma como a violência é tratada no Brasil.

### Apoio de Celebridades

A fala de Oruam chamou a atenção até do jogador Memphis Depay, do Corinthians, que mandou uma mensagem de apoio ao rapper. “Mantenha-se forte nesses tempos difíceis. Você pode ser uma luz para as crianças e para a nova geração”, escreveu Memphis. Esse tipo de apoio é importante e mostra como a voz de artistas pode ressoar em diferentes esferas, além de reforçar a necessidade de discutir a violência e suas causas.

Com uma combinação de palavras fortes e questões complexas, Oruam traz à tona a realidade que muitos tentam ignorar, convidando todos a refletirem sobre a sociedade em que vivemos.

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