Semaglutida no tratamento da obesidade: o que diz especialista

A discussão sobre o tratamento da obesidade ganha cada vez mais destaque, e entender que essa condição é uma doença é fundamental. A Doutora Mônica, especialista no assunto, bateu um papo descontraído com a repórter Karol Gomes e compartilhou alguns insights preciosos sobre o tema, especialmente em relação à semaglutida. Essa substância é amplamente utilizada em medicamentos como Ozempic, Wegovy e Rybelsus e se mostra bastante eficaz no combate à obesidade.

Nos estudos realizados no Brasil, os resultados da semaglutida são bastante promissores. Em média, quem utiliza essa medicação pode esperar perder cerca de 17% do peso corporal, embora isso não se compare, em muitos casos, às perdas de peso que podem ser obtidas com cirurgias bariátricas. Contudo, um detalhe interessante é que um em cada três pacientes pode perder pelo menos 20% do peso corporal.

Ação da Semaglutida

Falando sobre como essas medicações funcionam, a Doutora Mônica esclareceu que a eficácia pode variar bastante de acordo com o histórico de cada paciente. Isso inclui tentativas anteriores de emagrecimento e tratamentos passados. Em algumas situações, uma intervenção cirúrgica pode ser indicada, e, mesmo após uma cirurgia, um acompanhamento medicamentoso pode ser necessário.

Diferença entre os Medicamentos

É importante entender as diferenças entre Ozempic, Wegovy e Rybelsus. Todos são à base de semaglutida, mas têm indicações distintas. O Ozempic, por exemplo, é a versão injetável voltada para o tratamento do diabetes, enquanto o Rybelsus se apresenta em comprimidos nas doses de 3, 7 e 14mg, também para diabetes tipo 2. Já o Wegovy é a formulação feita especialmente para tratar a obesidade, com uma dose mais alta de 2,4mg.

Obesidade é uma Doença Crônica

A doutora faz questão de ressaltar que a obesidade deve ser tratada como uma condição de longo prazo. Ela compara com a hipertensão: um paciente não costuma sair do consultório sem uma receita para tratar a pressão alta; o mesmo vale para quem lida com a obesidade. Mesmo após a perda de peso, o acompanhamento deve continuar. Assim como na hipertensão, se o tratamento for interrompido, o problema pode voltar.

Além disso, a especialista comentou sobre dados recentes apresentados em um congresso internacional. Em um estudo com uma dose mais alta de semaglutida, de 7,2mg por semana, que ainda não foi aprovada no Brasil, um em cada três participantes conseguiu perder pelo menos 25% do peso corporal. Isso mostra que a resposta à medicação pode depender, de fato, da dosagem utilizada.

Com tantas informações, fica claro que o tratamento da obesidade exige cuidado e atenção. É importante que todos entendam que por trás desse desafio, há uma complexidade que merece ser respeitada e tratada com seriedade.

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