Especialista aponta estilo de vida que pode evitar Alzheimer

Alzheimer é uma doença que afeta o cérebro, causando uma deterioração progressiva e sem volta. Neste domingo, 21 de setembro, celebramos o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização sobre o tema. Conversamos com a geriatra Dra. Roberta França, que compartilhou detalhes importantes sobre essa condição, desde os sintomas até opções de tratamento.

Segundo a médica, Alzheimer é um dos tipos mais comuns de demência. Para entender melhor, demência é um termo que engloba várias doenças neurodegenerativas, e a de Alzheimer é a mais prevalente. É uma condição que muitos já ouviram falar, mas ainda gera confusão.

Sintomas do Alzheimer

Os sintomas de Alzheimer começam de forma leve, o que pode ser difícil para as famílias perceberem. Não é comum que uma pessoa acorde de uma hora para outra com demência. Este é um processo que se desenvolve lentamente. As dificuldades diárias, como esquecer compromissos ou ter problemas para executar atividades rotineiras que antes eram feitas com facilidade, são sinais que podem ser ignorados no início.

Dra. Roberta explica que isso pode incluir a dificuldade em organizar a rotina ou aprender coisas novas. São pequenas perdas que ocorrem diariamente e que alteram significativamente a vida da pessoa.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do Alzheimer ainda se baseia principalmente em avaliações clínicas. Isso significa que não basta fazer exames de imagem ou de sangue para confirmar a doença. É a história do paciente que ajuda os médicos a entenderem melhor a situação. Os exames mais avançados servem, na verdade, para descartar outras doenças.

Os testes cognitivos e a avaliação neuropsicológica são essenciais para entender se o paciente realmente apresenta Alzheimer. É tudo um grande quebra-cabeça que os profissionais de saúde montam para garantir um diagnóstico preciso.

Tratamentos disponíveis

Atualmente, o tratamento para Alzheimer é multidisciplinar. Isso quer dizer que diversas áreas da saúde se unem para ajudar o paciente, já que não existe uma medicação que cure a doença. Os remédios disponíveis são focados em reduzir os sintomas, mas não impedem a progressão da doença.

Dra. Roberta ressalta que é fundamental a prática de atividades físicas. Além disso, fonoaudiologia pode ser necessária para quem apresenta dificuldades na fala ou alimentação. Estimular a mente é igualmente importante. Jogos, palavras cruzadas e desafios de memória ajudam a manter as capacidades cognitivas por mais tempo.

Apesar de não termos medicamentos que curem, temos opções que melhoram a qualidade de vida do paciente e ajudam a controlar sintomas como insônia e alterações de comportamento.

A realidade do Alzheimer

Atualmente, o Alzheimer não tem cura, assim como outras doenças neurodegenerativas. O foco deve ser sempre em aliviar os sintomas e proporcionar ao paciente a melhor qualidade de vida possível.

Como prevenir o Alzheimer

Prevenir doenças como o Alzheimer está muito ligado ao estilo de vida. É essencial entender que envelhecer é um processo que merece atenção cuidadosa. Para envelhecer de forma saudável, é preciso fazer escolhas conscientes.

A prática regular de exercícios físicos é vital. Além disso, uma alimentação equilibrada, rica em frutas e vegetais, e uma dieta semelhante à mediterrânea, pode ajudar a prevenir problemas. Evitar alimentos ultraprocessados e controlar doenças comuns, como diabetes e hipertensão, também é imprescindível.

Dra. Roberta fala ainda sobre a importância do sono. Um bom descanso é fundamental para a saúde mental e física, assim como momentos de lazer e conexão espiritual, independentemente de religião. Reservar um tempo para meditação ou simplesmente refletir sobre os próprios sentimentos é um passo importante para manter o equilíbrio emocional.

Essas pequenas atitudes podem fazer uma diferença enorme ao longo dos anos, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e feliz.

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