Beto Barbosa move processo contra gravadora por direitos autorais

O cantor Beto Barbosa decidiu levar a Warner Chappell Music Brasil à Justiça. Ele alega que a editora não cumpriu o contrato e não protegeu adequadamente seus direitos autorais. Na ação, que tramita na 42ª Vara Cível do Rio de Janeiro, o artista pede uma indenização de R$ 20 mil por danos morais e a retirada imediata de suas músicas de plataformas digitais como Spotify, Deezer e YouTube.

De acordo com o que foi registrado no processo, Beto reclama que sua canção “Mar de Emoções” vem sendo utilizada sem autorização em outros países. Um exemplo é a banda colombiana Afrosound, que regravou a música sob o nome “Mar de Emociones” sem dar os devidos créditos. A defesa do cantor é clara: ele se sente desrespeitado. Apesar de ter procurado a editora diversas vezes nos últimos dois anos para resolver a situação, nada foi feito. Ele acredita que houve uma quebra de contrato, uma vez que a Warner não tem cumprido suas obrigações básicas.

Além da indenização, Beto também pede uma multa de R$ 1 mil por dia para cada música que continuar disponível sem permissão. Ele também deseja que sejam apuradas as possíveis perdas financeiras que essa exploração ilegal pode ter causado.

O processo menciona que a Warner tinha a responsabilidade contratual de proteger os direitos autorais de Beto, incluindo ações contra o uso não autorizado de suas obras. Mesmo já tendo feito reclamações diretas ao presidente da empresa, ele recebeu uma resposta que revela a dificuldade da editora em monitorar todas as músicas que são utilizadas sem autorização, dada a quantidade de casos que chegam até eles.

Em um contato recente com a nossa equipe, Beto compartilhou alguns vídeos que mostram sua música sendo tocada por Afrosound. Em alguns deles, ele é mencionado, enquanto em outros, a canção é creditada como se fosse um trabalho original da banda. O artista disse que está buscando o apoio da Justiça nesse caso, envolvendo tanto a editora quanto a banda que regravou sua música sem permissão.

Ele também comentou que o presidente da Warner Music já se manifestou através de seu assessor, sinalizando um interesse em resolver a questão. No entanto, Beto deixou claro que, enquanto o processo judicial estiver em andamento, ele pretende seguir firme.

O outro lado

Em resposta à situação, a Warner Chappell Music Brasil declarou que está ciente do caso, mas ainda não foi oficialmente citada. A empresa reiterou que defende os interesses dos compositores e adota as medidas necessárias assim que toma conhecimento de um uso indevido. Contudo, devido à judicialização do caso, a publisher optou por não comentar detalhes para preservar todos os envolvidos.

Já a banda Afrosound, ao ser questionada, enviou o contato de sua equipe jurídica, mas até o momento não recebemos um retorno. O espaço para esclarecimentos permanece aberto.

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