Morre Pedro Farah, ator de “Os Trapalhões”, aos 95 anos

Pedro José Calil Farah, conhecido como Farnetto, faleceu aos 95 anos no Rio de Janeiro. O artista, muito querido pelo público, morreu na quinta-feira, dia 4 de maio, após sofrer um infarto enquanto se preparava para ser internado no hospital Copa D’Or, em Copacabana. O corpo de Farnetto será velado no Cemitério do Caju na manhã de sábado, dia 6, e depois seguirá para cremação.

Farnetto estava em tratamento para leucemia crônica, mas não deixou a carreira de lado. Sua filha, Ivete Farah, compartilhou que ele estava em casa e que, antes do problema, teve uma queda de pressão. “Ele vivia bem, ainda tinha lucidez e muita vontade de viver. Participou de um filme no ano passado que ainda não estreou e também estava no ‘Farofeiros 2’, previsto para 2024”, contou Ivete.

Com uma trajetória de mais de sete décadas, Pedro Farah fez história nas artes cênicas do Brasil. Sua carreira começou em 1954, no teatro, com a peça “A Revolta dos Brinquedos”. Dois anos depois, ele estreou na televisão, no programa Teatro do Rio, interpretando o Tenente Porfírio.

Farnetto se destacou em programas humorísticos icônicos, como “Planeta dos Homens”, “Os Trapalhões” e “Zorra Total”. Em “Planeta dos Homens”, que foi ao ar entre 1976 e 1982, ele viveu o copeiro do personagem Aquiles Arquelau, interpretado por Agildo Ribeiro. Esse papel, famoso por ser apelidado de “múmia paralítica”, mais tarde foi adaptado para “Zorra Total”.

Depois de “Planeta dos Homens”, Farnetto fez parte do elenco de “Os Trapalhões” por dez anos, consolidando sua carreira com mais de 30 novelas, principalmente na TV Globo. Ele participou de produções como “Cambalacho”, “Que Rei Sou Eu?”, “A Diarista”, “Paraíso Tropical”, “Cordel Encantado” e “Êta Mundo Bom”.

No cinema, seus trabalhos mais recentes incluem “Um Tio Quase Perfeito” e “Minha Vida em Marte”, além de “Os Farofeiros 2”. A data de lançamento deste último filme, gravado no ano passado, ainda não foi divulgada.

Além de sua carreira artística, Pedro Farah era patrono da Farah Cultural, uma escola de artes e produtora de eventos em Macaé, onde deixou um legado duradouro.

você pode gostar também