Conjuntivite química: o que você precisa saber
Você já ouviu falar sobre conjuntivite química? Esse foi o diagnóstico que Poliana Rocha recebeu após apresentar sintomas como um olho inchado e coceira. Para esclarecer mais sobre a condição, entrevistamos o oftalmologista Antônio Sardinha, do Hospital de Olhos de Cuiabá, que também falou sobre outros tipos de conjuntivite pouco conhecidos.
A conjuntivite química é uma inflamação da conjuntiva, a membrana que reveste a parte branca dos olhos e a parte interna das pálpebras. Essa condição ocorre quando substâncias irritantes entram em contato com os olhos, resultando em uma reação inflamatória. Diferente das conjuntivites infecciosas, essa forma não é contagiosa.
Poliana Rocha com conjuntivite química (Reprodução Instagram @poliana)Provocações e sintomas
Essa condição pode ser desencadeada pelo contato com produtos de limpeza, fumaça, poluição, sprays, maquiagem de baixa qualidade, solventes, produtos químicos industriais e até mesmo água de piscina com excesso de cloro. Em alguns casos, o uso de colírios pode causar irritação semelhante. Os sintomas geralmente aparecem rapidamente após a exposição ao agente irritante e incluem:
- Vermelhidão
- Ardor
- Sensação de areia nos olhos
- Lacrimejamento excessivo
- Inchaço das pálpebras
- Visão borrada
O tratamento inicial consiste na lavagem abundante dos olhos com soro fisiológico ou água filtrada para remover o irritante. Após isso, é fundamental que o paciente consulte um oftalmologista para verificar se houve lesões mais graves. Dependendo da situação, colírios lubrificantes ou anti-inflamatórios podem ser prescritos, sempre com orientação médica.
A duração dos sintomas pode variar de acordo com a gravidade da exposição. Em casos leves, o desconforto pode melhorar em um ou dois dias. Para exposições mais severas, os sintomas podem persistir de cinco a sete dias, e um acompanhamento médico é essencial para evitar complicações.
Além da conjuntivite química, existem outros tipos, como a conjuntivite alérgica, viral e bacteriana, esta última geralmente acompanhada de secreção amarelada ou esverdeada. Também existe a conjuntivite tóxica, que resulta do uso prolongado de certos colírios ou medicamentos. Em recém-nascidos, a conjuntivite neonatal pode ocorrer e exige atenção imediata.
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