Audiência de custódia de suspeito de matar gari ocorre hoje
Na manhã desta quarta-feira, 13 de agosto, Renê da Silva Nogueira Junior, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, Minas Gerais, passará por audiência de custódia. O processo está sendo tratado em segredo de justiça.
A audiência foi agendada para às 8h30 e, segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o caso segue sob sigilo. O crime ocorreu na última segunda-feira, 11 de agosto, quando testemunhas relataram que o empresário sacou uma arma e disparou contra a vítima durante uma briga de trânsito.
René da Silva Nogueira Junior (Reprodução Itatiaia )Detalhes do Crime
De acordo com a Polícia Militar, Renê estava irritado com o espaço que um caminhão de lixo ocupava na rua e exigiu que a motorista liberasse passagem para seu veículo. A situação escalou rapidamente, levando Renê a ameaçar a motorista, e, quando colegas de Laudemir tentaram intervir, ele disparou, atingindo o gari na região torácica. Após o incidente, Renê não prestou socorro à vítima.
Laudemir foi socorrido e levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não sobreviveu aos ferimentos. O suspeito foi preso horas depois, enquanto se exercitava em uma academia, onde a Polícia Civil montou um cerco para evitar sua fuga. Ao ser detido, Renê tentou cobrir o rosto para escapar das câmeras.
A motorista envolvida no incidente ficou em estado de choque. Testemunhas relataram que ela recebeu ameaças diretas do suspeito, que afirmou que atiraria caso ela esbarrasse em seu carro. Laudemir, que tinha uma filha e outros familiares, foi enterrado na tarde de terça-feira, 12 de agosto.
Investigação e Consequências
A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante de Renê pelos crimes de ameaça e homicídio qualificado, ressaltando que o caso está sendo tratado com rigor. O empresário é sócio-administrador de três empresas e casado com uma delegada da Polícia Civil, o que gerou uma série de questionamentos sobre a condução do caso. A Corregedoria-Geral da instituição instaurou um procedimento disciplinar para investigar a conduta de uma delegada que possui vínculo pessoal com o suspeito.
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