Justiça e política: a prisão de quatro ex-presidentes do Brasil e seus desdobramentos

Nos últimos sete anos, o Brasil presenciou a prisão de quatro ex-presidentes, todos envolvidos em diferentes acusações relacionadas à corrupção, tentativa de golpe e outras irregularidades. Com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, anunciada na segunda-feira (4/8), o país vive um momento marcante, sendo a quarta detenção de um ex-presidente nesse período. Bolsonaro, que governou entre 2018 e 2022, teve sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após descumprir medidas cautelares impostas pela Corte em um inquérito sobre uma suposta trama golpista.

Desde o fim da ditadura militar, o Brasil teve oito presidentes, e entre eles, quatro enfrentaram a prisão: Jair Bolsonaro, Michel Temer, Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva. A seguir, confira os motivos que levaram cada um deles à prisão:

justica e politica a prisao de quatro expresidentes do brasil e seus desdobramentosJustiça e política a prisão de quatro ex-presidentes do Brasil e seus desdobramentos (Reprodução/Portal LeoDias)

Jair Bolsonaro

Bolsonaro enfrenta um processo no STF por suposta tentativa de golpe de Estado, ainda sem condenação definitiva. Sua prisão domiciliar decorreu do descumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contato com redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes destacou indícios de crimes, incluindo obstrução de investigação e coação, além de tentativas de pressão sobre autoridades americanas. A prisão foi decretada após Bolsonaro participar de manifestações contra a Corte e incentivar apoiadores por meio de vídeos nas redes sociais.

Luiz Inácio Lula da Silva

Lula passou 580 dias preso, condenado em processos da Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Contudo, o STF anulou as condenações ao reconhecer a parcialidade do juiz e erros processuais. Assim, Lula recuperou sua inocência jurídica, o que lhe permitiu concorrer e vencer as eleições de 2022.

Michel Temer

Temer foi preso duas vezes em 2019, suspeito de envolvimento em fraudes em licitações para a usina nuclear de Angra 3. Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, ele foi solto após decisões judiciais e nunca foi condenado. Muitos processos contra ele foram arquivados.

Fernando Collor de Mello

Preso em 2025, Collor foi condenado a mais de oito anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora. Sua pena, inicialmente em regime fechado, foi convertida em prisão domiciliar devido a problemas de saúde. Ex-presidente entre 1990 e 1992, Collor renunciou para evitar o impeachment, que resultou na cassação de seus direitos políticos por oito anos. Após recuperar os direitos, ele voltou à vida política como senador por Alagoas.

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