Deputado investigado no Supremo tem pedido de visita a Bolsonaro negado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar em Brasília. Gayer está sendo investigado pela Corte e, por isso, não pode ter contato com Bolsonaro, conforme as restrições impostas em 18 de julho.

Essas medidas proíbem o ex-presidente de se comunicar com outros investigados ou réus, inclusive por meio de intermediários. Gayer responde a um inquérito sigiloso sobre possível desvio de recursos públicos e foi alvo de uma operação da Polícia Federal em outubro de 2024.

deputado investigado no supremo tem pedido de visita a bolsonaro negadoDeputado investigado no Supremo tem pedido de visita a Bolsonaro negado (Reprodução/Câmara dos Deputados)

Medidas de Restrição e Justificativas

A negativa de Moraes faz parte do conjunto de restrições aplicadas após a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, que ocorreu na última segunda-feira (4/8). Além de usar uma tornozeleira eletrônica, o ex-presidente está proibido de receber visitas e utilizar celular.

Apesar de vetar a visita de Gayer, o ministro autorizou encontros de Bolsonaro com alguns aliados, incluindo a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, e os deputados Domingos Sávio, Joaquim Passarinho, Alden José Lázaro da Silva e Júlia Zanatta. Essas visitas poderão ocorrer em datas específicas de agosto, no período entre 10h e 18h, respeitando todas as determinações judiciais.

Contexto da Prisão Domiciliar

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi justificada pela sua participação, por telefone, em um ato realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último domingo (3/8). Durante o evento, o ex-presidente fez declarações direcionadas a manifestantes que se opunham ao STF e defendiam a anistia, referindo-se ao ato como pela nossa liberdade, pelo nosso futuro e pelo Brasil. O vídeo com sua fala foi posteriormente publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e removido algumas horas depois.

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