Arlindo Cruz: O Sambista que Revolucionou o Gênero

Arlindo Cruz, um verdadeiro mestre do samba de raiz, deixa um legado imortal na música brasileira após décadas de poesia, resistência e devoção ao ritmo. Nascido em 14 de setembro de 1958, no subúrbio do Rio de Janeiro, Arlindo transformou sua paixão pela música em uma trajetória que tocou o coração de milhões de brasileiros.

A história de Arlindo começou no Fundo de Quintal, um grupo que revolucionou o samba na transição dos anos 70 para os 80. Ao lado de mestres como Almir Guineto e Jorge Aragão, ele ajudou a estabelecer uma nova estética sonora, colocando o banjo em destaque, um instrumento que dominava com maestria. Seu talento como compositor rapidamente se destacou, com sucessos como Coisinha do Pai, Meu Lugar, O Bem, Fim da Tristeza e O Show Tem Que Continuar.

arlindo cruz o sambista que revolucionou o generoArlindo Cruz o sambista que revolucionou o gênero e marcou gerações (Reprodução)

Desafios e Contribuições

Nos anos 2000, Arlindo iniciou sua carreira solo, mantendo a mesma energia criativa e acumulando prêmios e reconhecimento, incluindo indicações ao Grammy Latino entre 2008 e 2016, o que solidificou seu prestígio além das fronteiras do país. Além de sua carreira musical, Arlindo dedicou-se também ao carnaval, compondo sambas-enredo para escolas tradicionais como Império Serrano, Vila Isabel, Grande Rio e Leão de Nova Iguaçu.

Entretanto, a vida trouxe desafios significativos. Em 17 de março de 2017, um AVC interrompeu sua rotina e trouxe sequelas que o afastaram dos palcos. Desde então, Arlindo viveu sob cuidados médicos e com o apoio constante da família, especialmente de sua esposa, Babi Cruz, e dos filhos, Arlindinho e Flora.

Mesmo distante dos palcos, suas músicas continuam a tocar os corações dos amantes do samba. Em julho de 2025, foi lançada sua biografia, O Sambista Perfeito, escrita pelo jornalista Marcos Salles. O livro reúne registros emocionantes, incluindo depoimentos de Arlindo antes do AVC e relatos de 120 pessoas próximas a ele, como Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Regina Casé e Maria Rita.

Mais do que uma simples homenagem, a obra consagra Arlindo Cruz como um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, um homem que viveu para o samba e cujo nome jamais será esquecido. Entre fé, batuque, poesia e luta, Arlindo representou o verdadeiro samba de raiz: fiel às suas origens, firme nas suas convicções e generoso com todos que cruzavam seu caminho.

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