Adolescente apreendido por matar pais e irmão no RJ
Um crime chocante abalou a cidade de Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro, na quarta-feira (25/6). Um jovem de 14 anos, cuja identidade permanece em sigilo, confessou à polícia ter assassinado seus pais e o irmão caçula de apenas 3 anos. A tragédia foi revelada quando o adolescente, acompanhado da avó paterna, compareceu à 143ª Delegacia de Polícia para relatar o desaparecimento da família na terça-feira (24/6). Ele alegou que seus pais haviam desaparecido enquanto tentavam ajudar o irmão, que supostamente se engasgou com um caco de vidro.
Entretanto, a versão apresentada pelo garoto levantou suspeitas entre os investigadores. Ao verificar os relatos, a polícia não encontrou registros de atendimento da família em hospitais locais. Diante das inconsistências, o delegado decidiu realizar uma perícia na residência, onde os corpos das vítimas foram encontrados enterrados em uma cisterna nos fundos da casa.
Adolescente é apreendido após confessar ter matado os pais e o irmão de 3 anos no RJ (Foto: Reprodução)Detalhes do Crime
O delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelo caso, revelou que a cena do crime não condizia com um acidente doméstico. A quantidade de sangue era incompatível com o que ele nos contou. Após encontrarmos os corpos, ele confessou ter disparado um tiro na cabeça dos pais e no pescoço do irmão, alegando que fez isso para poupá-lo da dor da perda, afirmou o delegado.
A polícia está investigando duas possíveis motivações para o crime. Uma delas se refere a um relacionamento virtual que o adolescente mantinha com uma jovem de 15 anos, residente no Mato Grosso, o qual era desaprovado pelos pais. Fontes indicam que a garota teria exigido que o jovem viajasse para encontrá-la, mas a família impediu essa viagem, o que pode ter motivado o ato violento.
Além disso, durante a investigação, a polícia descobriu que o adolescente fez buscas na internet sobre como receber o FGTS de falecidos, o que levantou ainda mais suspeitas sobre suas intenções. O pai do jovem tinha um valor de R$ 33 mil a receber, o que pode ter sido um fator adicional na tragédia.
O Processo de Investigação
Conforme os investigadores, o adolescente admitiu que dormia no quarto dos pais, que era o único com ar-condicionado. Para se manter acordado, ele ingeriu um suplemento pré-treino e esperou até que a família estivesse adormecida para cometer os assassinatos. A arma utilizada, de propriedade do pai, foi encontrada escondida sob o colchão do casal.
Após os crimes, o adolescente utilizou um produto de limpeza para limpar o caminho até a cisterna, facilitando o transporte dos corpos. A cisterna ficava a uma distância de 4 a 5 metros do quarto, o que não era muito longe, detalhou o delegado Guimarães.
A arma foi apreendida na casa da avó do jovem, que afirmou não ter conhecimento do crime. A polícia acredita que ela não esteve envolvida ou ciente dos acontecimentos.
O delegado descreveu o adolescente como frio e sem remorso, afirmando que ele não demonstrou arrependimento durante o interrogatório. Ele disse que faria tudo de novo, o que nos leva a questionar a sanidade dele, concluiu Guimarães.
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Este caso chocante levanta questões profundas sobre a saúde mental e as influências familiares, e continua a ser investigado pelas autoridades. A sociedade aguarda respostas e reflexões sobre a violência que afeta tantas famílias.