Teca Pereira se destaca em Vale Tudo com sua história de vida
A artista, que atualmente tem 72 anos, possui uma carreira brilhante dedicada à televisão e ao teatro.
Guilherme Giagio
Nise, personagem de Teca Pereira em Vale Tudo, é a guardiã da história mais sombria de Odete Roitman. Na vida real, a veterana tem uma trajetória repleta de reviravoltas. Desde bebê, era levada pela mãe, que trabalhava como empregada doméstica, para as casas onde atuava.
A vizinha de uma dessas residências em São Paulo, Clarisse, começou a cuidar da pequena Teca em algumas ocasiões. Inicialmente, ela seria encaminhada ao mesmo orfanato onde sua irmã mais velha já estava.

Veja as fotos
Odete Roitman (Débora Bloch) e Nise (Teca Pereira) em Vale Tudo, Reprodução: Globo.
Vale Tudo está no ar na faixa das 21h da Globo e tem gerado grande repercussão nas redes sociais.
Um passado de desafios e apoio
Temendo a repetição da situação familiar, a mãe biológica de Teca decidiu confiar os cuidados à mulher rica, que se comoveu com a história. Em entrevista ao programa Persona, da TV Cultura, Teca recordou: Eu tinha 1 ano e ia para a mesma instituição onde estava minha irmã, que tinha 2 anos e meio. Minha mãe pensou: Bom, se ela vai para a instituição, por que não ficar com a Dona Clarisse? E assim fiquei.
Aos seis anos, a adoção de Teca foi oficializada. A mãe biológica e a irmã a visitavam duas vezes por ano, no Natal e em seu aniversário. Ela só soube que seu pai estava vivo aos 18 anos e o conheceu aos 23: Foi uma experiência terrível. Eu não sentia nada, era um estranho. Ele foi altamente desagradável. Pensei: ainda bem que não fui criada por ele.
Trajetória profissional de Teca Pereira
Clarisse, sua mãe adotiva, também foi a grande incentivadora de sua carreira artística. Desde a infância, Teca venceu concursos de calouros e participou do Grande Gincana Kibon, programa infantil da Record. Em 1970, formou-se em balé clássico pela Escola Municipal de Bailado.
Contudo, houve uma discordância entre mãe e filha em relação ao futuro profissional. Enquanto Clarisse acreditava que Teca não precisava trabalhar, a jovem buscava sua independência financeira, atuando como secretária em um colégio da capital paulista.
No teatro musical, Teca já recebeu diversos prêmios, incluindo o Troféu Mambembe e o Prêmio Aplauso Brasil. Sua estreia na TV ocorreu em 1982, quando viveu Antônia em Os Imigrantes, na Band. Após duas décadas dedicadas ao teatro, retornou à televisão em Belíssima (2006).
Em 2019, Teca ganhou destaque novamente ao interpretar Jurema, uma mulher de 70 anos que decide voltar a estudar na série Segunda Chamada. Desde então, tem trabalhado em diversas produções, como Pico de Neblina (2019), The Changeling (2023), Família Paraíso, Ritmo de Natal (2023), TPM! Meu Amor (2023) e Kasa Branca (2024).
Ela reconhece a influência decisiva de sua mãe de criação em sua formação: Minha vida não teria sido o que foi se não fosse Dona Clarisse. Ela foi uma mãe devota, me colocou na dança, me deu base. Sinto-me profundamente grata.
Clarisse faleceu em 1990, quando Teca tinha apenas 38 anos. Nasci em uma família negra, mas fui criada por uma mulher branca, neta de holandeses. Ela me criou como uma pessoa, não como uma empregada. Foi a mãe mais maravilhosa que alguém poderia ter. Sempre me estimulava, dizendo: O problema está nas pessoas e não em você, relatou ao UOL.
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A trajetória de Teca Pereira é um inspirador relato de superação, amor e a importância das relações familiares na construção de uma vida plena e realizada.