Gatos de Energia Geram Rombo Bilionário no Brasil; Saiba Como Eles Afetam o Consumidor
Os furtos de energia elétrica, popularmente conhecidos como gatos, causaram um prejuízo impressionante de R$10,3 bilhões ao setor elétrico brasileiro em 2024, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esses valores, classificados como perdas não técnicas, englobam fraudes em medidores, ligações clandestinas e falhas operacionais.
A prática de furto de energia é um problema persistente em várias regiões do Brasil. A especialista em energia elétrica e CEO da iGreen Energy, Amanda Durante, destacou que em áreas como o Rio de Janeiro, essa situação é alarmante devido à presença de favelas e locais de difícil acesso. Nesses lugares, onde o controle da rede elétrica é mais complicado, é muito mais fácil instalar um gato. As distribuidoras tentam combater essas práticas, mas os consumidores regulares acabam pagando por isso, já que parte do prejuízo é repassado nas tarifas, explicou Amanda.

Impacto nas Tarifas de Energia
As perdas não técnicas, ou gatos de energia, ocorrem quando há ligações clandestinas à rede elétrica, seja por meio da adulteração de medidores ou desvios diretos da rede. Embora a Aneel tenha tentado limitar o repasse total dos prejuízos, Amanda enfatiza que ainda assim essas perdas influenciam nas tarifas que os consumidores pagam. Em 2024, os furtos resultaram em R$7,1 bilhões reconhecidos nas tarifas, representando 2,85% da receita total exigida pelas distribuidoras.
Para enfrentar o problema, Amanda defende a implementação de medidores inteligentes como uma solução urgente. Uma das soluções que mais me chamou a atenção em Londres e na Alemanha foi o uso da telemetria, onde cada consumidor possui um medidor que monitora o consumo em tempo real, permitindo medições precisas e dificultando fraudes, sugeriu. Com essa tecnologia, os consumidores pagariam apenas pelo que realmente consomem, evitando prejuízos causados por gatos ou erros de medição.
A Aneel, por sua vez, estabelece metas para que as concessionárias reduzam as perdas. As empresas que não alcançam os índices estabelecidos não podem repassar integralmente os prejuízos às tarifas, absorvendo parte do rombo. Essa abordagem cria um incentivo econômico para que as distribuidoras invistam em segurança, modernização da rede e combate a fraudes, evitando que os consumidores arcam com os custos de práticas ilegais.
Embora as perdas técnicas, que são inevitáveis no transporte e transformação da energia, também tenham impactado financeiramente, somando R$11,2 bilhões em 2024, o furto de energia é a principal preocupação. Essa questão está intimamente ligada à fragilidade social e à ineficiência do sistema de fiscalização. Segundo a Aneel, 74% das perdas não técnicas ocorrem em apenas dez distribuidoras, a maioria de grande porte e com áreas extensas de cobertura.
Infelizmente, essa prática se tornou uma solução para uma necessidade básica, mas é extremamente prejudicial. Ela coloca em risco a segurança da comunidade e aumenta os custos para os consumidores que pagam tarifas regulares, concluiu Amanda, ressaltando que a questão envolve não apenas aspectos técnicos, mas também justiça social e responsabilidade coletiva.
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