Relatório da PF revela custo da Abin Paralela de R$ 5,7 milhões

Nesta quarta-feira (18/6), a Polícia Federal (PF) divulgou um relatório sobre o caso da Abin Paralela, que investiga o uso do programa israelense First Mile para espionagem ilegal de figuras públicas e autoridades que seriam opositores do governo Bolsonaro. O documento aponta Carlos Bolsonaro como idealizador do esquema e Jair Bolsonaro como o principal beneficiário.

Segundo a PF, o custo para implementar essa operação de monitoramento ilegal foi de R$ 5,7 milhões. O relatório afirma que a motivação para a aquisição do sistema foi seu uso prioritário na intervenção no Rio de Janeiro, mas que os responsáveis pela contratação não enfrentaram a verdadeira natureza do sistema.

relatorio da pf revela custo da abin paralela de r 57 milhoesDiretor-geral da Abin presta depoimento à Polícia Federal sobre suposta espionagem ilegal (Reprodução/Agência Brasil)

Desdobramentos do relatório

O relatório foi disponibilizado após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar a retirada do sigilo do caso. Moraes justificou essa ação destacando que partes vazadas do relatório estavam gerando desinformação a respeito das investigações.

A PF também ressalta que agentes da Abin desviaram recursos, viaturas e sistemas da empresa para investigar e monitorar os adversários do ex-presidente. O relatório menciona ainda que o grupo que comandava a agência atuava para inibir a atuação da PF no inquérito da Abin Paralela. Além disso, a permanência de alguns dos principais responsáveis pelo uso do sistema First Mile em posições estratégicas dentro da Abin resultou em um clima de coação para os investigados e testemunhas.

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