Zambelli Votou em Sessões da Câmara Mesmo Afastada por Saúde
A deputada Carla Zambelli (PL/SP) continua a participar de votações na Câmara dos Deputados, mesmo após anunciar que estava licenciada por questões de saúde. A parlamentar, que está atualmente na Itália, teve sua prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foi incluída na lista de foragidos da Interpol. O presidente da Câmara, Hugo Motta, concedeu uma licença de 127 dias, sendo sete dias por motivos médicos e os demais por interesse particular, conforme publicado no Diário Oficial da Câmara.
No documento, Motta informou: Considere-se afastada a senhora deputada Carla Zambelli a partir de 29 de maio de 2025, data indicada ao atestado médico constante no processo [pedido de licença]. A licença foi autorizada rapidamente, e o suplente Coronel Tadeu (PL/SP) foi convocado para assumir seu lugar.
A parlamentar está atualmente na Itália e foi incluída na lista de foragidos da Interpol (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)Participação em Votações Durante o Afastamento
Durante o período de 29 de maio a 4 de junho, Zambelli registrou presença e participou de sessões semipresenciais. No dia 29, ela votou em sete deliberações, incluindo uma medida provisória para recursos destinados ao Rio Grande do Sul e um projeto que propõe o uso de multas de trânsito para custear a CNH de pessoas de baixa renda. Mesmo na véspera de deixar o país, em 2 de junho, a deputada participou remotamente de votações relacionadas à oposição.
Condenações e Consequências
A deputada está atualmente na Itália, após ter passado pela Argentina e pelos Estados Unidos. Recentemente, foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por sua participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em colaboração com o hacker Walter Delgatti Netto. A condenação inclui a perda do mandato, uma multa de R$ 2 milhões e sua inclusão na lista de foragidos internacionais da Interpol.
A autorização da licença foi realizada de forma acelerada, conforme apontado pela coluna de Malu Gaspar, do portal O Globo. Essa manobra foi articulada por Hugo Motta para evitar uma nova crise entre os poderes Legislativo e Judiciário, sendo vista como uma maneira de minimizar a controvérsia jurídica em torno da prisão preventiva, uma vez que Zambelli deixaria formalmente o exercício do mandato.
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