MC Poze do Rodo pede habeas corpus e denuncia perseguição cultural
O cantor Marlon Brendon Coelho Couto Silva, popularmente conhecido como MC Poze do Rodo, protocolou um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele foi preso temporariamente no dia 29 de maio de 2025, em sua casa, localizada no Recreio dos Bandeirantes, enfrentando acusações de apologia ao crime e associação a organização criminosa. A defesa argumenta que a prisão é ilegal e se baseia em uma perseguição à sua expressão artística.
A petição destaca que a detenção de MC Poze se deu com base em vídeos de shows e letras de músicas que mencionam figuras do tráfico e mostram imagens de pessoas armadas. A defesa considera essas evidências frágeis e interpretações subjetivas. Alexandre Manoel Augusto Dias Júnior, advogado do cantor, alega que não existem provas concretas que comprovem qualquer envolvimento de Poze com o crime organizado.

Liberdade de expressão e a espetacularização da prisão
A defesa também critica a prisão de MC Poze como uma violação da liberdade de expressão e do exercício artístico, especialmente no que diz respeito a manifestações de comunidades periféricas. O documento ressalta que atribuir ao artista a responsabilidade pelo tráfico de drogas em suas apresentações estabelece um precedente perigoso e afirma que a ação da Polícia Civil é seletiva.
Outro ponto importante levantado no habeas corpus é a condenação da forma como a prisão foi divulgada. A Polícia Civil do Rio de Janeiro postou nas redes sociais imagens da prisão do cantor com a legenda RODOU, o que, segundo a defesa, foi uma tentativa de humilhação pública. A petição argumenta que tal exposição fere princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana e a presunção de inocência.
Além disso, a defesa critica o uso de algemas durante a prisão, que ocorreu de maneira pacífica e sem resistência. Eles afirmam que essa prática contraria a Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, que limita o uso de algemas a situações em que há resistência ou risco à segurança da polícia. O advogado considera a condução midiática e desrespeitosa, com a intenção de gerar repercussão nas redes sociais.
Por fim, o pedido de habeas corpus solicita a revogação imediata da prisão temporária e a emissão de alvará de soltura, argumentando que MC Poze possui um endereço fixo e uma profissão definida, não representando risco à ordem pública. A defesa defende que o artista pode responder às investigações em liberdade, com possíveis medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal.
O pedido foi protocolado em caráter urgente no dia 30 de maio de 2025 e aguarda uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Fique por dentro!
Para acompanhar as últimas notícias sobre o universo dos famosos e do entretenimento, siga @canaldosfamosos no Instagram. Mantenha-se atualizado sobre os eventos mais impactantes e as novidades do momento!
Compartilhe este artigo com amigos e familiares para que todos possam entender a complexidade desse caso e a luta pela liberdade de expressão artística. É fundamental estarmos informados sobre as histórias que moldam nosso cotidiano.