Concurso de Miss do RS enfrenta polêmica após doações desaparecidas
O concurso Miss Universo RS, que prometia celebrar a beleza e elegância das mulheres gaúchas, se vê envolto em uma controvérsia após a doação de uma tonelada de ração para animais não ser cumprida. Três das quatro instituições que deveriam receber as doações manifestaram preocupações, revelando possíveis irregularidades envolvendo o organizador do evento.
A situação começou durante uma das etapas do concurso, onde as participantes deveriam arrecadar alimentos para cinco instituições beneficentes, incluindo uma dedicada ao cuidado de animais. A Miss Porto Alegre, Danielle Debom, arrecadou mais de R$ 5 mil, que foram convertidos em cestas básicas e ração. No entanto, as doações acabaram não chegando a Porto Alegre, criando um clima de desconfiança entre os envolvidos.
(Organizador do Miss Universo RS some com doações de ração / Reprodução )Reações das instituições
O empresário Alexandre Soares, responsável pela ONG Patas Para Você, afirmou que foi informado apenas recentemente de que não receberia as doações prometidas. Ele expressou sua frustração, dizendo que se comprometeu a entregar as rações a outras instituições e ficou surpreso ao saber que as doações seriam redirecionadas para uma ONG em São Paulo. As pessoas confiaram em mim e acreditaram que estavam ajudando o seu estado, desabafou Alexandre.
Controvérsias sobre a entrega
O organizador do concurso, Paulo Linhares Jr., atribuiu a responsabilidade pela confusão à Miss Porto Alegre, insinuando que ela não fez a pesquisa adequada sobre as instituições antes de realizar a campanha. Além disso, ele prometeu que se responsabilizaria pelas doações, mas não apresentou provas concretas de que as doações haviam sido feitas. Alexandre, por outro lado, desmentiu essa afirmação, revelando que nunca recebeu a confirmação de entrega.
Promessas não cumpridas e alegações de corrupção
Além das doações não entregues, surgiram alegações de que posições de destaque no concurso poderiam ser negociadas. Fontes ligadas ao evento afirmaram que uma colocação no top 10 poderia ser garantida em troca de um mês de aluguel, enquanto a coroa seria oferecida por um valor de pelo menos R$ 10 mil. Essas informações levantam sérias questões sobre a integridade do concurso e suas práticas.
O que dizem as instituições sobre as doações
O portal Leo Dias entrou em contato com as quatro instituições que deveriam receber as doações. O Lar Esperança de Porto Alegre relatou que não recebeu nada e que suas tentativas de contato foram ignoradas. A Clínica Esperança do Amparo à Criança informou ter recebido apenas 21 cestas básicas de uma participante. O Instituto Pão dos Pobres confirmou o recebimento, mas não especificou a quantidade. O Asilo Padre Cacique não respondeu até o fechamento da matéria.
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