Pais que acusam médico de negligência detalham sintomas do filho antes da morte

pais que acusam medico de negligencia detalham sintomas do filho antes da morte (LeoDiasTV)Ele está se contorcendo de dor, é a frase que os pais de Matteo, de um ano e seis meses, teriam dito ao médico que acusam de negligência.

A morte de Matteo Luiz Mariano Lanfredi Calejuri, de um ano e seis meses, comoveu o Brasil na última quarta-feira (16/4). Levado pelos pais ao Hospital Léo Orsi Bernardes (HLOB), em Itapetininga, São Paulo, o bebê morreu com fortes dores no abdômen após demora no diagnóstico e atendimento correto, segundo boletim de ocorrência registrado pelos pais da criança. Nessa terça-feira (22/4), Luiz Mariano e Ana Laura Mariano, que ainda não acreditam na morte do caçula, detalharam, com exclusividade, os sintomas e a luta para tentar salvar a vida do filho.

A mãe do bebê conta que chegou à unidade de saúde pouco depois das 10h da manhã, após o filho não passar bem durante a noite. Demorou um pouco para chamar, mas logo passamos pela enfermaria. Como só podia entrar um, eu fui com ele. E disse: Olha, ele está reclamando muito de dor na barriga. Ele tá reclamando muito, levanta a camisetinha. Ele está se contorcendo de dor. Apesar do relato da mãe e de ter um raio-x em mãos, o médico responsável pelo primeiro atendimento só examinou a garganta do pequeno e liberou a família para voltar para casa.

Sem observar melhora na criança, que continuava urrando de dor, os pais voltaram com Matteo para o mesmo hospital. No segundo atendimento, feito por uma plantonista, o caso foi tratado de forma totalmente diferente, relata Luiz. Assim que entramos, fomos direto para a enfermaria. Lá, tentaram aferir os batimentos dele, mas não conseguiram, ele estava com a pressão muito baixa e os dedinhos muito gelados, lembra o pai. A médica se assustou ao reavaliar o raio-x feito na primeira ida do bebê ao hospital e pediu a ajuda de um pediatra com urgência.

Até esse momento, nenhum pediatra havia olhado para os nossos filhos. De repente, começou a aparecer um monte de enfermeiro. Tentaram achar a veia dele no pescoço, nos pés e nada. Começou o corre-corre, levaram ele e não davam mais informações para a gente, disse o pai. A mãe lembra que o filho já estava com a barriga muito inchada, expelindo um líquido.

Após às 2h da madrugada, os pais receberam a notícia da morte da boca de um médico e uma enfermeira. Ficamos mais um tempo com o Matteo ali, depois de morto. Eles ficaram do nosso lado, nos dando apoio, e nos incentivaram a abrir um boletim de ocorrência. A causa da morte informada inicialmente à família, segundo um dos médicos, teria sido apendicite aguda e choque séptico. O líquido ao qual Ana Laura se referiu geralmente é pus ou conteúdo intestinal, liberados para a cavidade abdominal após a ruptura do apêndice.

Investigação

Em nota, a prefeitura de Itapetininga afirma que, ao solicitar esclarecimentos à gestão do hospital, constatou que a ala pediátrica estava com apenas 40% da capacidade ocupada e toda a equipe médica estava disponível para atendimentos. Por esse motivo, uma apuração imediata foi instaurada para investigar o caso, o que levou ao afastamento do médico. A prefeitura ainda diz que se solidariza com a família da criança e que não medirá esforços para elucidar os fatos.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi encaminhado ao 1º Distrito Policial e que a denúncia apresentada pela família será investigada para esclarecer as circunstâncias da morte da criança. Outros detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.

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