Médica influencer acusada de violência obstétrica
Recentes relatos de mulheres têm exposto práticas abusivas de uma médica obstetra e influenciadora digital de São Paulo, após uma reportagem no Fantástico. Pacientes denunciam que condutas inadequadas durante partos humanizados resultaram em traumas físicos e emocionais, além da trágica morte de um bebê.
A profissional em questão é Anna Beatriz Herief, conhecida como Bia Herief, que possui uma base de mais de 250 mil seguidores nas redes sociais, onde compartilha informações sobre gestação e parto humanizado. No entanto, os testemunhos revelam uma discrepância alarmante entre a imagem pública da médica e as experiências de suas ex-pacientes. Além de se opor à cesárea, Bia cobra cerca de 20 mil reais por parto.

Denúncias de práticas inadequadas
Uma das pacientes, Larissa, diagnosticada com pré-eclâmpsia, viveu uma situação crítica durante o parto. Após 12 horas de trabalho de parto sem progresso, a médica decidiu usar um vácuo-extrator, fazendo a manobra sete vezes, embora o manual recomende no máximo três. Ele nasceu morto, eu percebi que algo terrivelmente errado tinha acontecido, pois vi as médicas gritando pedindo adrenalina para ressuscitar ele, contou Larissa. O bebê foi reanimado, mas o impacto do nascimento levanta dúvidas sobre suas possíveis sequelas.
Outro relato, de Bianca, também destaca a pressão que a médica exercia. Ela afirma que, ao ter hipertensão, recebeu uma mensagem da médica sugerindo a indução do parto. Ao chegar ao hospital, foi informada que deveria ser levada à UTI, mas a médica a orientou a mentir para evitar essa situação. Custou a vida do meu filho, declarou Bianca, que entrou na maternidade sem complicações, mas durante o trabalho de parto, não conseguiram mais ouvir o coração do bebê.
Outras mulheres relataram experiências semelhantes, incluindo a insistência em partos normais em condições adversas, manobras dolorosas realizadas sem consentimento e falta de acolhimento durante o processo de parto.
Investigação em andamento
As denúncias foram formalmente apresentadas ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que já está analisando os casos. A Polícia Civil também investiga e já ouviu algumas das mulheres que relataram os abusos. A médica deverá ser convocada para depor nos próximos dias.
Posicionamento da médica
Ao ser procurada, Anna Beatriz Herief negou todas as acusações, afirmando em nota que sempre agiu com ética e responsabilidade e expressou confiança na apuração justa pelos órgãos competentes.
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