Músicas geradas por IA já são 18% do catálogo da Deezer

O avanço da inteligência artificial está transformando a forma como consumimos música. Recentemente, a Deezer revelou que cerca de 18% de seu catálogo é composto por faixas geradas por IA, destacando uma mudança significativa no cenário musical. Este fenômeno não apenas ilustra a evolução tecnológica, mas também levanta questões importantes sobre direitos autorais e a autenticidade das obras musicais.

Atualmente, mais de 20 mil faixas criadas por algoritmos são adicionadas à plataforma diariamente, quase o dobro do número registrado há apenas quatro meses. Essa explosão de conteúdos revela um panorama em que a tecnologia não apenas compõe, mas também ocupa um espaço considerável ao lado de artistas tradicionais.

Aurelien Herault, chefe de inovação da Deezer, declarou que a quantidade de conteúdo gerado por IA está em ascensão e não mostra sinais de desaceleração. Para lidar com essa nova realidade, a plataforma implementou uma ferramenta que ajuda a identificar e filtrar esse tipo de conteúdo nas recomendações oferecidas aos seus 9,7 milhões de assinantes.

musicas geradas por ia ja sao 18 do catalogo da deezerDeezer (Reprodução/)

O que são músicas geradas por IA?

As músicas criadas por inteligência artificial são composições produzidas por sistemas que conseguem escrever letras e melodias sozinhos, sem a necessidade de intervenção humana. Esses algoritmos analisam um vasto banco de dados de músicas existentes e, a partir disso, conseguem gerar faixas novas. Além disso, muitas dessas IAs têm a capacidade de misturar vozes e estilos, possibilitando, por exemplo, que a voz de um artista cante a música de outro, criando um cover digital que pode até reproduzir as emoções da voz original.

Com o crescimento desse tipo de música, surgem também conflitos legais. Plataformas como Suno e Udio, que se especializam na criação musical via IA, enfrentam processos judiciais de grandes gravadoras como Universal Music Group, Warner Music Group e Sony Music. As ações alegam violação de direitos autorais, já que essas empresas afirmam que as gravações de seus artistas foram utilizadas sem autorização para treinar os modelos de IA.

A Deezer, por sua vez, afirma que sua tecnologia de detecção é capaz de identificar criações originadas por essas plataformas, indicando uma tentativa de proteger-se frente aos desafios legais e à pressão da indústria musical.

As preocupações não se limitam ao aspecto jurídico. Artistas renomados como Billie Eilish, Nicki Minaj e Stevie Wonder assinaram uma carta aberta expressando seu receio de que a IA possa sabotar a criatividade e comprometer o espaço que os músicos humanos ocupam na indústria.

O impacto da IA na música

É inegável que a inteligência artificial está moldando o futuro da música. No entanto, como essa transformação afetará a forma como ouvimos e criamos música? Como este programa pode beneficiar você e suas preferências musicais? Esses são questionamentos que todos devemos considerar enquanto navegamos por esse novo território sonoro.

À medida que mais artistas e plataformas adotam a IA, o que podemos esperar do futuro? A possibilidade de uma colaboração entre músicos humanos e algoritmos pode abrir portas para novas experiências auditivas e criações inovadoras. Contudo, é crucial que a indústria e os ouvintes mantenham um diálogo aberto sobre os limites e as implicações éticas desse avanço.

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