PSOL promove roda de samba em protesto contra cassação de Glauber Braga
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) enfrenta uma situação delicada após a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados recomendar a cassação de seu mandato. A decisão, que ocorreu por 13 votos a 5, foi motivada por um episódio de agressão física contra um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) em 2024. Para protestar contra essa possível cassação, o diretório do PSOL no Distrito Federal organizou uma roda de samba.
Em convites divulgados nas redes sociais, o PSOL-DF convidou militantes a comparecer ao evento no Anexo 2 da Câmara na noite de segunda-feira (14/4), incentivando a participação com a mensagem: Leve seu instrumento! Faça coro com a sua voz. O evento contou com a presença de apoiadores de Glauber Braga, que, em greve de fome, não participou do evento.
Durante a roda de samba, um vídeo nas redes sociais mostrou os apoiadores de Braga tocando a música A Batucada dos Nossos Tantãs, famosa pelo grupo de samba carioca Fundo de Quintal.
Glauber Braga teve “roda de samba” em protesto contra a cassação de seu mandato (Glauber Braga teve “roda de samba” em protesto contra a cassação de seu mandato/Reprodução )Possível cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ)
Glauber Braga se envolveu em uma confusão com o ativista do MBL, Gabriel Costanero, durante um protesto em 2024. O deputado foi acusado de agredi-lo fisicamente após uma troca de ofensas. Na ocasião, Glauber defendeu suas ações alegando que Costanero tinha um histórico de violência doméstica e já havia ameaçado um militante de seu partido. Ele afirmou: Esse sujeito do MBL tem histórico de agressão a mulheres. Não me arrependo de nada do que fiz! Não vou recuar para fascista de MBL.
A denúncia resultou na recomendação de cassação do mandato por parte da comissão, e ainda não há data marcada para a votação no plenário. Caso a cassação ocorra, será a primeira vez que a Câmara dos Deputados retira um mandato de um deputado federal por agressão física desde a redemocratização. Historicamente, a maioria das cassações foi relacionada a corrupção e assassinatos.
Em contraste, o deputado federal Delegado Da Cunha (PP-SP) escapou da cassação após ser acusado de violência doméstica. O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que elaborou o relatório recomendando a cassação de Glauber, também possui um histórico de agressão, mas não perdeu seu mandato.
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